Foto: Assembleia da República - Luís Saraiva

O Andar Nobre da Assembleia da República acolheu, de 26 de Janeiro a 3 de Fevereiro, a exposição “Deportados portugueses na II Guerra Mundial. Trata-se de uma reconstituição histórica da vida de sete portugueses – André de Sousa, Domingos da Cunha, Júlio Laranjo, Luiz Ferreira, Maria d’Azevedo, Michael Fresco e Richard Lopes – que foram deportados para os campos de concentração nazis, e resulta do contacto com diversos arquivos europeus e com familiares destas vítimas do Holocausto Nazi.

Foto: Assembleia da República - Luís Saraiva
Foto: Assembleia da República – Luís Saraiva

A mostra nasceu do trabalho de alunos do Agrupamento de Escolas de Vilela, no ano lectivo 2015/2016, no âmbito do projecto NOMES (Nomes e Olhares para a Memória e o Ensino da Shoá). Já esteve patente ao público no átrio da Câmara Municipal de Paredes e na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, no final de 2016.

“A exposição na Assembleia da República foi marcante para os alunos, que viram o seu trabalho apresentado a um público muito diverso e prestigiado: para além do presidente da Assembleia da República e de Deputados deste Órgão de Soberania, estiveram na inauguração, entre outros, vários elementos do Corpo Diplomático, representantes de várias religiões e familiares de sobreviventes do Holocausto”, diz nota de imprensa da autarquia paredense, que apoia a iniciativa, juntamente com a direcção do Agrupamento de Escolas de Vilela.

A exposição nasceu pela mão dos alunos Ana Brito, Beatriz Serôdio, Deolinda Ribeiro, Diogo Almeida, Inês Bastos, Joel Nogueira, José Miguel Rocha, Juliana Cardoso, Lucas Pinto, Margarida Barbosa, Maria Santos, Marta Alves e Tiago Ribeiro, e da professora Sandra Costa.

O projecto NOMES visa o ensino e a memória da Shoá (Holocausto), através de relatos de pessoas, para que a humanidade não perca a noção de que não é de números que se trata mas de vidas humanas, quando se evoca a Solução Final do problema judeu, perpetrada pelos nazis. Seis milhões de judeus foram mortos durante a Segunda Guerra Mundial pelo regime nazi de Adolf Hitler.

A exposição vai agora assumir uma itinerância por algumas escolas da região de Lisboa.

Segundo a autarquia, os responsáveis pelo projecto estão a envidar esforços para a levar a Paris, via Mémorial de la Shoah ou Embaixada de Portugal na capital francesa, para que os familiares das vítimas do Holocausto Nazi que colaboraram na sua realização a possam ver presencialmente.