Um dia histórico para Paços de Ferreira. É desta forma que a autarquia reage ao facto de o município ter cessado hoje o contrato do Plano de Ajustamento Municipal, o que permitiu assistência financeira ao concelho, nos últimos anos.

“Paços de Ferreira é um bom exemplo, a nível nacional, de perseverança, um caso único. Fomentou a mudança na atuação do Fundo de Apoio Municipal junto dos municípios Portugueses e revelou uma excecional capacidade de compromisso”, as palavras foram do presidente da direção executiva do Fundo de Apoio Municipal (FAM), Miguel Almeida, que esteve hoje na assinatura do contrato.

“O desígnio deste concelho está de regresso às mãos do povo”, congratulou-se Humberto Brito que lembrou que quando assimiu a liderança da autarquia, Paços de Ferreira tinha uma dívida de cerca de 70 milhões de euros, aos quais acresciam mais 100 milhões de euros do pedido de reequilíbrio financeiro da empresa concessionária do serviço de água e saneamento, assim como mais 50 milhões de dívidas da empresa municipal PFR Invest, criada no tempo de governação do PSD.

Neste “dia histórico” aproveitou para pedir “desculpa pelos dias de infortúnio que nos conduziram à premente necessidade de recorrermos ao FAM e ao Plano de Ajustamento para satisfazermos os nossos compromissos”, ainda assim, a autarquia tudo fez para não onerar os bolsos dos munícipes.