Melhorar o caminho de ferro é o grande objectivo da autarquia de Valongo, que se diz ainda empenhada na luta pela futura linha do Vale do Sousa. A garantia foi deixada pelo presidente da Câmara, na última assembleia municipal, depois de ouvir criticas da oposição, nomeadamente do deputado Rui Abreu, do PSD, que apontou o dedo ao trabalho da maioria no âmbito da mobilidade e defendeu a chegada do metro ao concelho.

Mas “o metro não vai chegar a Valongo, o metro não atravessa montanhas e isto não é uma rodovia”, atirou José Manuel Ribeiro que assumiu que o metro da população local se chama caminhos de ferro, que “tem melhor qualidade”.

Aliás, José Manuel Ribeiro duvida das opções da empresa Metro do Porto que concretizou projectos “por razões puramente políticas”, dando como exemplo a ligação entre o Porto e a Póvoa de Varzim. Foi uma decisão “contraditória”, porque foi “contra o espírito” deste meio de transporte – proporcionar viagens mais rápidas, o que não acontece com este percurso que demora “um tempo brutal”.

O socialista diz-se então apostado em “melhorar o comboio, que é rápido e confortável, e nos faz chegar ao Porto em 16 minutos”.

Na área da mobilidade, Valongo espera que avance a obra de quadruplicação da linha ferroviária do Minho, entre as estações de Contumil, no Porto, e Ermesinde, que deverá arrancar no próximo ano, num investimento de 120 milhões de euros, como avançou, recentemente, a Infraestruturas de Portugal (IP). Esta nova infra-estrutura vai permitir “uma maior fiabilidade dos serviços e a consequente melhoria da oferta aos utilizadores do transporte ferroviário”, avançou aquele organismo.

A par deste projecto, José Manuel Ribeiro reiterou o seu empenho, tal como acontece com os restantes autarcas, para que a linha do Vale do Sousa, incluída no Plano Nacional Ferroviário, seja uma realidade.