Em plena luta de Lousada e de toda uma região contra a pandemia de COVID-19, o PSD Lousada decidiu criar um caso político em torno do lixo proveniente de Itália. Assustou as populações, lançou o nome de Lousada para a fogueira mediática e, sem pejo, tentou lograr obter vantagens políticas decorrentes de uma situação que será resolúvel a médio prazo.

E depois? Depois, “a montanha pariu um rato” ou, melhor dizendo, a montanha pariu um nada como facilmente foi percetível na última Assembleia Municipal. E esta ânsia de protagonismo e tentativa de escape aos reais desafios que se colocam ao PSD Lousada nesta fase, é a mesma que faz com que nem sequer um comunicado houvesse a esclarecer o lixo que efetivamente viram na visita que fizeram. Efetivamente, a honestidade intelectual e política deixa muito a desejar de pessoas cujos valores se encontram comprometidos pela falta de ideias e ideais. Se o que o PSD Lousada viu foram plásticos e roupas, porque o não referiu? Porque não disse: “estávamos errado, podem ficar tranquilos”? A vantagem de uma política de verdade é que não tem qualquer receio em assumir os erros ao mesmo tempo que gera credibilidade e apreço. Isso, no hodierno, o PSD Lousada não tem.

O PSD Lousada é uma sombra daquilo que representou e foi no passado. A fuga dos seus militantes e simpatizantes para partidos à sua direita (Chega, CDS-PP) é uma realidade que é inevitável e que terá reflexos nas próximas eleições autárquicas. O PSD de Lousada até pode tentar desviar a atenção para questões e questiúnculas mais ou menos apetecíveis, dobradas a ouro e prata mas, a realidade, que é inevitável, é que o tempo está a passar e não existem soluções visíveis para as grandes questões que deveriam preocupar o maior partido da oposição Lousadense. Sempre que o PSD Lousada tapa a cabeça, descobre os pés… Eis um manto de retalhos que não chega para tudo nem se prevê que venha a chegar…