Susana OliveiraTodos os dias devíamos celebrar o dia da mulher que é mãe, esposa, que estuda, trabalha, trata da casa, da roupa, prepara refeições, ajuda os filhos nos trabalhos de casa, leva o cão a passear, é voluntária na associação da terra, cuida de si e da sua imagem e ainda tem sempre um sorriso pronto nos lábios para todos. Ou pelo menos exigem que o tenha…ou que faça um esforço para ter!

Ora digam lá, se não são motivos mais do que suficientes para o dia da Mulher ser todos os dias?

A verdade é que a mulher, de uma forma geral, claro, é um ser com uma capacidade incrível de se organizar e conseguir fazer “mais dez coisas ao mesmo tempo, enquanto espera que o leite ferva. Os homens ficam a olhar para a cafeteira, o leite ferve e vem fora”. Este exemplo dado pelo Francisco Coelho da Rocha num post seu no facebook encaixa aqui como uma luva, sobretudo por que dado por um homem.

Nós somos assim e temos orgulho de ser assim.

Então se é assim e se somos assim, por que motivo haverá mais homens na política do que mulheres? Por que motivo haverá mais homens em cargos dirigentes do que mulheres?

As estatísticas mostram que essa realidade está para acabar e é pena que as mulheres tenham levado tanto tempo a descobrir-se e a terem a coragem e a ousadia para mostrar do que são capazes… Hoje os astros estão alinhados e esperam que a mulher assuma o seu papel no mundo.

É um papel exigente, ninguém tem dúvidas…é de uma complexidade que se multiplica por 100 quando se é mãe.

Eu que o diga. A Clara nasceu há 5 meses e a nossa vida deu uma volta daquelas…mas um(a) filho(a) nunca pode ser razão para ficarmos fechadas isoladas do mundo. Tudo se faz, com mais ou menos esforço, assim haja vontade e energia q.b. para se aguentar as noites mal dormidas.

Por isso, deixo uma palavra de incentivo e força a todas as mulheres que não

têm estado tão ativas como desejariam, para que abram a porta e vejam o mundo de oportunidades que está lá fora à vossa espera!

O associativismo e as autarquias locais precisam do sentido feminino!

O marido colaborará e apoiará mais nas tarefas lá em casa, acreditem!

Mulher feliz, casamento feliz… 🙂

Só para terminar e aproveitando este espaço nobre, quero manifestar a minha preocupação com os últimos números sobre a violência no namoro. Os casos aumentaram em 44% em 2015 face a 2014 e uma grande parte dos jovens não encara como sendo violentos alguns atos que são, de facto, violentos. Mexer no telemóvel sem autorização, proibir de vestir determinada peça de roupa, proibir de falar com determinada pessoa, proibir de sair sem o(a) namorado(a) também é violência. Forçar um beijo em público, ou não, é violência…maltratar verbalmente e ferir a sensibilidade do outro é violência.

Quando se gosta, não se maltrata.

Quando se gosta, respeita-se.

Quando se gosta, cuida-se.

Fica o alerta a todos os jovens que estão numa relação a dois para que estejam mais atentos às atitudes do(a) parceiro(a).