Na comemoração dos 183 anos da fundação do concelho Paços de Ferreira, a Câmara Municipal voltou a distinguir cidadãos e instituições que “pelo exemplo” e “particular dedicação à causa pública” dignificam o concelho.

A par disso, o presidente da autarquia fez um balanço do trabalho feito e anunciou que 2020 será o Ano Municipal das Freguesias.

Ao todo foram nove as personalidades e instituições medalhadas com a Medalha Municipal de Altruísmo e Mérito: Paulo Fernandes de Barros, freamundense, coordenador do núcleo do conhecimento, do instituto dos vinhos do Douro e do Porto I.P., autor e co-autor de mais de 50 documentos técnicos e artigos científicos nas áreas de Enologia, Análise de Alimentos Química e Química Farmacêutica, publicados em Portugal e no estrangeiro; Pedro Martins, engenheiro biomédico, natural de Figueiró, mestrando em engenharia de computação e instrumentação médica no ISEP, cujo trabalho foi recentemente premiado; Luís Diogo, argumentista e realizador de cinema português, professor de Educação Visual na escola EB 2/3 de Frazão, “um dos cineastas mais premiados em Portugal”; a Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Frazão; a Associação Paços 2000; o Centro Social e Paroquial de Ferreira; o Centro Social e Paroquial de Frazão Arreigada; o Centro Social Paroquial de Freamunde e o Centro Social Paroquial de Raimonda.

“A gratidão é uma forma singular de reconhecimento, e o reconhecimento é uma forma sincera de gratidão. É por isso que hoje agradecemos e reconhecemos estes cidadãos e instituições que muito nos honram”, justificou Humberto Brito.

Os homenageados e o que disseram

Paulo Fernandes de Barros

Tem 61 anos e é natural de Freamunde. É, desde 1989, Técnico Superior da Administração Pública, desempenhando, actualmente, funções de Coordenador do Núcleo do Conhecimento do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P..

Licenciou-se em Farmácia, na Universidade do Porto, onde foi Assistente. Foi ainda Director de Serviços Técnicos do IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto; assessor do presidente do Instituto da Vinha e do Vinho; e assessor do Conselho Diretivo IVDP – Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, antes de assumir as actuais funções.

É membro de várias associações e organizações profissionais, assim como de conselhos e comissões e conselhos editoriais, a nível nacional e internacional. Foi, entre outros, presidente da sub-comissão de “Métodos de Análise e Apreciação de Vinhos” da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (2012 – 2015) e vice-presidente entre 2015-2018, entre outros cargos na mesma entidade.

É autor e co-autor de mais de 50 documentos técnicos e artigos científicos nas áreas de Enologia, Análise de Alimentos Química e Química Farmacêutica, publicados em Portugal e no estrangeiro.

Recebeu vários prémios e condecorações como a de Cavaleiro da Ordem do Mérito Agrícola da República Francesa ou o prémio Mérite de l’Organisation Internationale de la Vigne et du Vin (OIV), atribuído em reconhecimento dos serviços prestados à comunidade mundial da vinha e do vinho.

A Câmara distinguiu-o pelo “extenso curriculum académico, profissional e de autor” que prestigia o concelho, no país e no estrangeiro.

“É com profundo agradecimento e enorme honra que recebo esta homenagem. Tenho aqui as minhas raízes. Aqui aprendi a conviver com pessoas de todos os credos políticas, o respeito pela diferença e que valia mais o ser que o ter. Estou certo de que, estes anos, levei bem longe comigo o nome da minha terra. Fosse na China onde fui professor convidado, na Turquia onde fui escolhido por unanimidade pela “ONU dos vinhos” para o desempenho da presidência do órgão, no Uruguai onde recebi um prémio ou quando o Governo francês me condecorou. Em toda a minha vida profissional sempre me empenhei por deixar prestigiado o meu país, dignificando as funções que exerço com isenção e competência. Sou um cidadão de Paços de Ferreira com muito orgulho e um cidadão do mundo. A homenagem que hoje me é prestada tem um sabor invulgar. Não é um prémio pelo passado, mas uma responsabilização para o futuro”.

Paulo Fernandes de Barros

 

Pedro Manuel de Castro Martins

Natural de Figueiró, Paços de Ferreira, tem 37 anos e após o término do ensino básico, iniciou a sua actividade profissional como electricista, na área das instalações eléctricas, telecomunicações ITED e automatismos, que exerceu durante 16 anos (de 1998 a 2014). Sempre teve como objectivo a realização de um curso na área da engenharia e, em 2014, com 32 anos, ingressou no ensino superior, concluindo em 2018 a licenciatura em Engenharia Biomédica no Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).

Actualmente é estudante do 2.º ano do Mestrado em Engenharia de Computação e Instrumentação Médica no ISEP, onde simultaneamente se dedica aos estudos e à investigação científica no desenvolvimento de tecnologia e novas soluções para a área médica.

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Recentemente, e dando continuidade ao projecto PressiONE, iniciado na sua tese de licenciatura, na qual obteve uma classificação de 20 valores, criou um protótipo funcional de um equipamento para auxiliar os profissionais de saúde na avaliação da perda de sensibilidade cutânea à pressão, especialmente direccionado para o rastreio e prevenção do “Pé Diabético” em doentes diabéticos. Este projecto ganhou o 1.º prémio no concurso de empreendedorismo “Made in ISEP”, 2019, e o 2.º prémio no concurso de empreendedorismo “Poliempreende Regional do P. Porto”, 2019.

“Pelo seu empenho, dedicação e perseverança, constitui exemplo para os mais novos, dignifica o concelho de Paços de Ferreira e as suas gentes”, explica a Câmara.

“Queria agradecer esta homenagem. Fiquei surpreso pela atribuição desta condecoração e muito contente. Comecei a minha actividade profissional muito cedo, mas sempre tive o objectivo de fazer um curso superior. Não desisti e consegui realizar o meu sonho e ter um curso na área da engenharia. Estou integrado no ISEP num centro de investigação e estamos a desenvolver um projecto na área da diabetes que terá motivado esta distinção. Há uma unidade de saúde aqui de Paços de Ferreira com quem vamos colaborar. É um projecto a que vamos dar continuidade. Esta condecoração só me vai trazer mais responsabilidade”.

Pedro Manuel de Castro Martins

 

Luís Miguel Boliqueime Martins Diogo

Luís Diogo, argumentista e realizador de cinema português, nasceu em 1972, na Guiné-Bissau, então território português. O seu pai estava aí colocado como militar e a sua mãe, professora, acompanhou-o, dando aulas em Farim.

Aos dois anos passou a viver em Castelo Branco onde cresceu e se licenciou como professor de Educação Visual, actividade que abraçou quando, em 1994, começou a ensinar na EB 2,3 de Frazão, neste concelho, escola onde ainda hoje lecciona.

Nesse ano iniciou estudos de cinema, à noite, na Escola Superior Artística do Porto.

Principiou a sua carreira cinematográfica como argumentista, com o argumento original da longa-metragem A BOMBA, de Leonel Vieira, com Diogo Infante e Fernanda Serrano, que foi o segundo filme português mais visto em 2002.

De 2009 a 2011 escreveu e realizou as três curtas-metragens: “Desta água…”, “Noite Gélida em Castelo Branco” e “Noite Fria em Castelo Branco”.

Em 2010, começa a morar na actual freguesia de Frazão Arreigada.

Em 2013, escreve e realiza a longa-metragem PECADO FATAL, filme de orçamento reduzido (cerca de 10 mil euros), gravado em Paços de Ferreira e que contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Paços de Ferreira. O filme, que teve como protagonista Sara Barros leitão, venceu 11 prémios em 38 festivais de 20 países.

Em 2016, escreve o argumento original da longa-metragem GELO, filme “dramático em ambiência fantástica”, produzido pela Fado Filmes, realizado por Luís e Gonçalo Galvão Teles, que foi filme de abertura do Fantasporto 2016 e competiu no Cinequest Film Festival, na Califórnia.

Em 2018, escreveu e realizou UMA VIDA SUBLIME, a longa-metragem portuguesa mais premiada de sempre com 34 prémios em 62 festivais. Este filme, rodado parcialmente em Paços de Ferreira, teve o apoio financeiro e logístico da Câmara Municipal desta localidade, bem como de outras empresas da cidade. É ainda autor do livro infanto-juvenil “O Cão que chovia”.

Aos 47 anos, o professor Luis Diogo “prestigia a terra e as gentes que o acolheram, constituindo exemplo a seguir pelas gerações mais novas, pelo que é merecedor do enaltecimento e especial reconhecimento público”, sustenta o município.

“Agradeço ao executivo. Fazer cultura em Portugal não é fácil porque o público pagante em Portugal é muito reduzido. A cultura só é possível através de apoios estatais. Felizmente contei com o apoio da Câmara de Paços de Ferreira para a produção das minhas longas-metragens, assim como de várias empresas do concelho, e foi um apoio que permitiu uma melhoria da qualidade dos projectos. O município cumpre a sua função ao apoiar a cultura e ao premiar pessoas que tentam produzir cultura em Portugal. Vejo esta medalha como um incentivo para continuar a produzir cultura em Paços de Ferreira. Continuarei a tentar promover a cidade. Esta é uma forma de Paços de Ferreira chegar a outros países”.

Luís Diogo

 

Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Frazão

A Delegação de Frazão da Cruz Vermelha Portuguesa foi fundada a 17 de Outubro de 1993, na então freguesia de Frazão, hoje agregada na União de Freguesias de Frazão Arreigada. Na sua génese estiveram as inquietudes dos seus fundadores quanto aos altos índices de sinistralidade e graves carências sociais que se verificavam na região, maleitas que procuraram combater com a formação de uma equipa de 12 socorristas, alojada em instalações provisórias e apoiada por uma viatura de socorro e emergência.

Os seus corpos directivos sempre se preocuparam com a melhoria das instalações, equipamentos e níveis de preparação dos recursos humanos da instituição. A Delegação de Frazão da Cruz Vermelha Portuguesa hoje dispõe de instalações próprias, muito diferentes do primitivo barracão em chapas, duas ambulâncias de emergência e cinco viaturas de transporte de doentes não urgentes, tendo já realizado 14 cursos de tripulantes de ambulância, formado mais de três centenas de homens e mulheres, na sua maioria voluntários, preparando-os para a atuação diária nos mais diversos cenários, assegurando serviços de socorro e emergência 24 horas por dia, 365 dias por ano.

A juventude é parte integrante desta instituição. São cerca de 30 os jovens que preparam o seu futuro com o apoio da Delegação de Frazão da Cruz Vermelha, recebendo formação em diversas áreas, especialmente na que respeita a direitos humanos.

O crescimento em meios humanos e materiais permitiu alavancar outras áreas de actuação, criando-se novas equipas, quer de apoio quer de emergência. A actual estrutura tem seis equipas de emergência em funcionamento – nas áreas do socorro e transporte, do apoio à sobrevivência; do apoio e comunicações; do apoio logístico, do apoio psicossocial e do apoio social, prontas a ser activadas e a darem resposta de emergência a qualquer momento e desenvolve actividades em domínios tais como: emergência pré hospitalar (posto de reserva INEM), transporte de doentes; formação em socorrismo; recolha e distribuição gratuita de bens de primeira necessidade junto de famílias desfavorecidas, que têm respondido adequadamente às necessidades actuais, seja na região, a nível nacional e mesmo a nível internacional. É recorrente a sua actuação em contextos de catástrofes fora da região, tendo sido já mobilizados meios humanos e materiais em teatros nacionais e internacionais, como foram os casos dos incêndios de 2018 e do ciclone Idai, em Moçambique.

No decorrer deste ano inaugurou a designada Casa Amiga, uma resposta para situações de emergência habitacional, capaz de albergar pessoas que fiquem privadas de habitação. Tem a sua loja social, é o único Banco Alimentar do concelho que funciona permanentemente. Faz atendimento social e psicológico. Apoia cerca de 300 famílias mensalmente em todo o concelho.

Esta Delegação da Cruz Vermelha Portuguesa vem “prestando assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneráveis, prevenindo e reparando o sofrimento, e contribuindo para a defesa da vida, da saúde e da dignidade humana, primordialmente no território deste município e áreas de fronteira com municípios vizinhos, mas, também, noutras áreas do território nacional e mesmo do mundo”, destaca a autarquia.

“A Cruz Vermelha nasceu e cresceu num barracão de chapas, na humildade. A cruz Vermelha trabalha em prol das pessoas e é assim que queremos valorizar o contributo dos fundadores. Os elementos que estão cá fardados fazem um trabalho incansável. Enquanto estávamos ontem à noite deitados a dormir estava gente na Cruz Vermelha à espera que o telefone tocasse. Quando no Natal estamos sossegados com a família há lá gente no Natal disponível para socorrer se for preciso. O reconhecimento da Cruz Vermelha não é para a direcção é para todos os voluntários que passaram por aquela casa desde o início”

Joaquim Sérgio Gomes

 

Associação Paços 2000

A Associação Paços 2000 foi constituída a 3 de Abril de 2014 e reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) a 21 de julho desse ano, sucedendo à Associação Para a Promoção das Classes Sociais Menos Favorecidas – Paços 2000, constituída em 17 de agosto de 1992. Esta última teve como principal impulsionadora a Câmara Municipal de Paços de Ferreira, com o propósito de desenvolver um projecto de luta contra a pobreza no concelho, tendo por base um estudo/levantamento das situações de precariedade habitacional e socio-económica das freguesias mais problemáticas.

Ao longo destes anos, foram diversas as áreas de intervenção desta Associação, tendo sempre como linha orientadora de actuação a resolução de problemas de carácter social, de forma transversal e integrada, potenciando a inclusão social da população mais desfavorecida do concelho de Paços de Ferreira. Assim, destaca-se a intervenção da instituição em áreas tão fundamentais para o desenvolvimento social, tais como a Infância e Juventude, Terceira Idade, Beneficiários de Apoio Social, Protocolo de Acompanhamento às Escolas (que incluí o Serviço de Almoço ao 1.º Ciclo) e o Protocolo de AAAF (Atividade de Animação e Apoio à Família no Pré-Escolar); bem como dinamizadora de novos e diversos projectos de intervenção como é exemplo o CLDS+.

A história da Associação Paços 2000, que parece muito recente, incorpora e resulta de todo o passado da APCS Paços 2000.

A Associação Paços 2000 tem dado continuidade ao trabalho desenvolvido ao longo destes 27 anos, quer na manutenção das respostas sociais existentes, quer na dinamização de novos projectos e novas respostas sociais, como é o caso do CAFAP, uma nova resposta social para o concelho, cuja candidatura foi submetida e aprovada há quatro anos atrás pelo Instituto de Segurança Social, aguardando financiamento.

A instituição, com mais de 100 colaboradores, 32 associados e 13 órgãos sociais, pauta a sua acção segundo os valores da responsabilidade, qualidade e cooperação, actuando nas freguesias de Sanfins Lamoso Codessos, Raimonda, Figueiró, Carvalhosa, Eiriz, Freamunde, Meixomil, Paços de Ferreira e Seroa.

No âmbito das respostas sociais e serviços protocolados para a infância e juventude, importa salientar respostas como Creche, Centro Comunitário, Centro de Atividades de Tempos Livres (CATL), Componente Apoio à Família (CAF), Actividades de Animação e Apoio à Família (AAAF) e Protocolo de Apoio às Escolas (PAE).

No que concerne às respostas sociais para a Terceira Idade, salientam-se os serviços de Centro de Convívio e Centro de Dia. Em relação à intervenção social e comunitária, a Associação acompanha vários agregados familiares no âmbito do Atendimento Integrado e Rendimento Social de Inserção.

“Pelos 27 anos de serviço social, de reconhecido interesse público, prestado aos utentes das várias freguesias deste concelho, a Associação Paços 2000 tem dignificado o nome de Paços de Ferreira, sendo merecedora de reconhecimento público”, alega a Câmara.

“É com muita humildade e sentido de responsabilidade que a Associação Paços 200 aceita e agradece esta distinção que nos estimula a continuar o trabalho que vimos desenvolvendo ao longo de 27 anos. Neste momento são 100 trabalhadores, mas já por lá passaram muitos voluntários e trabalhadores. Nós continuaremos a fazer o que temos vindo a fazer. Há dias foi-nos atribuído um prémio por um projecto que temos em conjunto com o presidente de junta de Eiriz que começará muito em breve. Ronda os 55 mil euros e que se destina a recuperar a escola onde vai ficar um equipamento de desenvolvimento de actividades com idosos, para fazer desporto, fisioterapia e actividades de estimulação cognitiva para que tenham um envelhecimento mais saudável. E estamos candidatados como outras instituições a fazer uma nova creche, porque temos insuficiência e lista de espera nas freguesias onde trabalhamos”.

José Bastos

 

Centro Social e Paroquial de Ferreira

O Centro Social e Paroquial de Ferreira é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), erigido canonicamente a 15 de Janeiro de 1998, pelo Senhor Bispo do Porto D. Armindo Lopes Coelho, teve como seu mentor o Padre Joaquim Samuel. As razões que levaram à constituição desta instituição traduzem-se na necessidade de resposta aos problemas da população local no que respeita à infância.

Este Centro Social tem como valências Centro de Dia, Centro de Convívio, Serviço de Apoio Domiciliário, Centro de Actividades de Tempos Livres (CATL), sendo ainda é prestada colaboração, junto da Câmara Municipal, no apoio às escolas do primeiro ciclo da área de intervenção com o serviço de refeições.

O Centro Social e Paroquial de Ferreira tem como objectivos, e de acordo com os seus princípios estatutários, contribuir para a promoção integral de todos os habitantes da sua área envolvente, coadjuvando os serviços públicos competentes ou as instituições particulares num espírito de solidariedade humana e social, num respeito pela dignidade da pessoa humana.

Tem ao seu serviço um edifício com uma excelente qualidade, correspondendo ao mais elevado padrão exigido pela Segurança Social, com a qual tem celebrado diversos protocolos de cooperação. Igualmente possui várias viaturas, algumas adaptadas para o transporte de pessoas com deficiência, com as quais transporta diariamente várias centenas de pessoas, sendo todas as viaturas conduzidas por pessoas legalmente habilitadas para o transporte de idosos e crianças.

A área de intervenção desta Instituição é directamente a freguesia de Ferreira, intervindo ainda em algumas áreas de freguesias vizinhas do concelho de Paços de Ferreira, dando um enorme contributo para o desenvolvimento social e cultural do concelho.

Para proporcionar um maior desenvolvimento social e cultural, o Centro desenvolve imensas actividades com crianças e idosos. Procura, igualmente, promover encontros entre as várias gerações, organizando eventos entre crianças e idosos, como é exemplo o passeio anual. Partilha iniciativas com outras instituições, tais como festas de Carnaval, Natal e S. João e participa no encontro anual da Mostra de Trabalhos dos Idosos do Vale do Sousa.

“O Centro Social e Paroquial de Ferreira, actualmente sob a direcção do Padre João Pedro Ribeiro, tem, ao longo destes 21 anos, prestado assistência humanitária e social, em especial aos mais idosos, um trabalho merecedor de enaltecimento e reconhecimento público”, conclui a autarquia.

 

Centro Social e Paroquial de Frazão Arreigada

O Centro Social e Paroquial de Frazão é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e foi erigido canonicamente a 15 de Janeiro de 1998, sendo Bispo do Porto D. Armindo Lopes Coelho. As razões que levaram à constituição desta instituição foram a necessidade de resposta aos problemas da população local no que respeita à infância, com o serviço do então denominado A.T.L., e dos mais idosos, com o Centro de Convívio e Centro de Dia.

Sendo o mentor desta iniciativa o Padre Joaquim Samuel Ribeiro Guedes também pároco das freguesias de Arreigada e Ferreira, do concelho de Paços de Ferreira, e não querendo que estas duas últimas ficassem sem o mesmo tipo de apoio e equipamento, foram criados os centros sociais nas referidas freguesias.

Assim, um ano após a fundação do Centro Social e Paroquial de Frazão, a 14 de Julho de 1999, foi erigido canonicamente o Centro Social e Paroquial de Arreigada.

Nestas instituições existem várias valências, tais como, Centro de Dia, Centro de Convívio, Serviço de Apoio Domiciliário e Apoio Domiciliário de fim-de-semana, Atividades de Tempos Livres (ATL), Serviços de Apoio à Família (SAF) e ainda é prestada colaboração, junto da Câmara Municipal, no apoio às escolas do primeiro ciclo da área de intervenção com o serviço de refeições.

Em 15 de Junho de 2015, a Diocese do Porto aprovou a fusão dos dois Centros Sociais que, assim, formaram o Centro Social e Paroquial de Frazão Arreigada.

O Centro Social e Paroquial de Frazão Arreigada tem como objectivos, e de acordo com os seus princípios estatutários, contribuir para a promoção integral de todos os habitantes da sua área envolvente, coadjuvando os serviços públicos competentes ou as instituições particulares num espírito de solidariedade humana e social, num respeito pela dignidade da pessoa humana.

Tem ao seu serviço dois edifícios com uma excelente qualidade, correspondendo aos mais elevados padrões exigidos pela Segurança Social, com a qual tem celebrado diversos protocolos de cooperação. Igualmente possui várias viaturas, algumas adaptadas para o transporte de pessoas com deficiência, com as quais transporta diariamente várias centenas de pessoas, sendo todas as viaturas conduzidas por pessoas legalmente habilitadas para o transporte de idosos e crianças.

A área de intervenção desta Instituição é directamente a freguesia de Frazão Arreigada, intervindo ainda em algumas áreas de freguesias vizinhas do concelho de Paços de Ferreira, dando um enorme contributo para o desenvolvimento social e cultural do concelho.

Para proporcionar um maior desenvolvimento social e cultural, o Centro desenvolve imensas atividades com crianças e idosos. Procura, igualmente, promover encontros entre as várias gerações, organizando eventos entre crianças e idosos, como é exemplo o passeio anual. Partilha iniciativas com outras instituições, tais como festas de Carnaval, Natal e S. João e participa no encontro anual da Mostra de Trabalhos dos Idosos do Vale do Sousa.

“Pelo relevante trabalho que tem desenvolvido ao longo destes anos, o Centro Social e Paroquial de Frazão Arreigada, actualmente sob a direcção do Padre João Pedro Ribeiro, tem servido a sua população de forma digna, atenta e responsável, sendo merecedor de reconhecimento público”, acredita o município.

“Reconhecimento e gratidão são sentimentos muito nobres que nos humanizam. Começo por agradecer este reconhecimento do executivo camarário e a presença de todas as autoridades civis, militares e religiosas. E agradecer ao meu antecessor, o padre Samuel Guedes, que me incumbiu de a todos enviar um abraço e a sua gratidão, porque não pode estar cá. Agradecer à direcção que comigo trabalha, que tem sido um apoio excepcional. Estas IPSS são feitas por pessoas e é aos colaboradores a quem quero agradecer. A equipa de trabalho está cá. E depois aos utentes que são a razão da nossa dedicação e esforço. Temos contado com o apoio das boas gentes de Paços de Ferreira e da Câmara Municipal que é parceiro privilegiado. Olhando aos nossos objectivos futuros gostávamos de continuar a contar com ele. Também nos candidatamos ao programa Pares 2.0. Gostaríamos de criar uma creche em Vila Boa, Arreigada, para servir as nossas populações. E talvez um dia concretizar o sonho de ter um lar em Ferreira. Vamos fazer de tudo para concretizar os nossos objectivos, contando com a ajuda da câmara, dos empresários e do povo. Se a única oração que o homem dissesse em toda a sua vida fosse obrigado isso seria suficiente. Obrigado”.

Padre João Pedro Ribeiro

 

Centro Social Paroquial de Freamunde

O Centro Social Paroquial de Freamunde é pessoa jurídica canónica de que o Estado Português reconhece personalidade jurídica civil. Segundo o Direito Português, o Centro é reconhecido como Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos. Tem sede no Largo de Santo António, na freguesia de Freamunde, tendo por âmbito de acção prioritária o território desta freguesia, embora não exclusivamente.

Em 1988, por iniciativa do então Reverendo Pároco Arnaldo Meireles concretizou-se uma experiência piloto no concelho de Paços de Ferreira: a criação de uma instituição destinada a desenvolver um conjunto de serviços vocacionados aos idosos, de forma a satisfazer as necessidades biopsicossociais dos seus utentes.

O primeiro Acordo de Cooperação é celebrado com o Centro Regional de Segurança Social do Porto e tem data de 1989, para valência de Centro de Convívio com vista ao apoio a 40 utentes, sendo revisto um ano depois, com 60 utentes.

Em 1991 foi celebrado o primeiro acordo para o Serviço de Apoio Domiciliário para 10 utentes e celebrado o primeiro acordo para centro de dia para 20 utentes. No ano seguinte, foi inaugurado um novo edifício, criado de raiz, capacitando a instituição para chegar a um maior número de indivíduos e com mais qualidade, possibilitando o alargamento de acordos de cooperação nas diferentes respostas sociais.

Em 2011, já sobe a direcção do Reverendo Padre Luís de Brito, são celebrados acordos com o Centro Distrital de Segurança Social do Porto para uma nova resposta social, a Estrutura Residencial para idosos Grandes Dependentes.

O Centro Social Paroquial de Freamunde tem como missão promover o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas e famílias. Pauta a sua acção na prestação de cuidados e serviços personalizados no domicílio e/ou instituição, a indivíduos e famílias que, temporária ou permanentemente, não possam assegurar a satisfação das necessidades básicas e das actividades de vida diária; na prevenção de situações de dependência e promoção da autonomia; na promoção de estratégias de desenvolvimento da aut-oestima, da funcionalidade e da independência pessoal e social do utilizador; na criação das condições que permitam preservar e incentivar a relação intrafamiliar e no fomento da integração social.

Apresenta diversas respostas sociais, tais como: Centro de Dia, actualmente com 30 utentes, Centro de Convívio, com 60 utentes, Serviço de Apoio Domiciliário, com 32 utentes, Estrutura residencial para idosos (Grandes Dependentes), com 18 utentes, e Cantina Social, onde servem cerca de 52 refeições diárias.

Entre os serviços prestados por este Centro, salientam-se: nutrição e alimentação; higiene pessoal e cuidados de imagem; cuidados de enfermagem, médicos, fisioterapia, terapia ocupacional; assistência medicamentosa; animação, actividades culturais e ocupacionais; actividades físicas enquadradas à idade e ao estado físico de cada utente; transporte e acompanhamento a consultas; disponibilização de produtos de apoio à funcionalidade e autonomia.

“O Centro Social Paroquial de Freamunde, com mais de 30 anos de existência, vem prestando assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneráveis, sendo por isso merecedor de enaltecimento”, diz também o município.

“A primeira palavra é de agradecimento por esta distinção ao Centro Social e Paroquial de Freamunde. O nosso concelho tem um tecido social muito solidário. As instituições sociais não são mais que a expressão organizada da solidariedade que existe no concelho e nestas populações. É como muito gosto que a Igreja interage e dá o seu contributo a este território. O Centro Social e Paroquial de Freamunde é uma instituição feita por pessoas e neste dia gostaria de lembrar todos os que fizeram parte dos órgãos gerentes e lembrar os nossos funcionários, sublinhando o seu contributo. Os utentes são a razão última da existência destas instituições sociais. A acção social gera coesão social. E é importante que ninguém fique para trás. As instituições sociais ajudam a que todos caminhemos em conjunto. Agradecer à câmara o trabalhado desenvolvido nos últimos anos por este sector e apoios concedidos. Vamos continuar a trabalhar. Este reconhecimento compromete-nos neste trabalho. O nosso concelho pode contar com o Centro Social e Paroquial de Freamunde”.

Padre Luís Brito

 

Centro Social Paroquial de Raimonda

O Centro Social Paroquial de Raimonda é uma pessoa jurídica canónica de natureza pública, com a índole de Instituto da Igreja Católica, de direito privado, sem fins lucrativos, constituída a 26 de Setembro de 1989, por iniciativa da Fábrica da Igreja de Raimonda. Insere-se na comunidade da Freguesia de Raimonda, com o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), integra a Rede Social de Paços de Ferreira.

Primeiramente, teve a resposta de Centro de convívio em 1989. Tomando consciência dos problemas vivenciados e para a concretização dos fins a que se propõe, tem em funcionamento as Respostas Sociais Serviço de Apoio Domiciliário e Centro de Dia, desde 1995 e 1996, respectivamente. Ao longo destes 30 anos o Centro sofreu um incremento marcante ao nível do número de utentes a que presta serviços e, por conseguinte, só é possível para dar maiores e melhores respostas com equipamentos sociais se tiverem capacidade de funcionamento. Nesta perspectiva em 2010 foi iniciada a construção de um edifício de raiz, onde foi possível capacitar o Centro Social com um equipamento de excelência.

É sua missão garantir serviços personalizados na prestação dos cuidados pessoais e humanos, de forma a proporcionar o bem-estar físico, psicológico e social, bem com a autonomia e a auto-estima dos utentes.

O Centro Social Paroquial de Raimonda apresenta, actualmente, três respostas sociais: Centro de Dia, com 32 utentes, Centro de Convívio, com 50 utentes, e Serviço de Apoio Domiciliário, com 30 utentes.

Ao nível dos serviços prestados salientam-se os seguintes: nutrição e alimentação; higiene pessoal e cuidados de imagem; conforto e tratamento de roupa; cuidados de enfermagem; assistência medicamentosa; animação, actividades culturais e ocupacionais; actividades físicas enquadradas à idade e ao estado físico de cada utente; transporte e disponibilização de produtos de apoio à funcionalidade e autonomia.

“O Centro Social Paroquial de Raimonda comemora, no corrente ano, 30 anos, pautados pela assistência humanitária e social, em especial aos mais vulneráveis, pelo desenvolvimento de respostas sociais para a satisfação das necessidades da comunidade, com serviços de excelência e inovadores, numa perspectiva de melhoria contínua, sendo por isso merecedor de enaltecimento e especial reconhecimento público”, justifica a Câmara.

“Agradecer a todo o executivo esta distinção. Nós gostamos que reparem em nós e naquilo que somos e fazemos, mas sem vaidades. O Centro Social e Paroquial de Raimonda é uma instituição pequena e a nossa vida não tem sido fácil. Tudo o que temos conseguido tem sido a pulso. Não temos tido grande investimento público naquilo que diz respeito aos nossos equipamentos, penso que isto é transversal à maioria das nossas instituições. Os edifícios sociais que existem no nosso concelho na sua maioria foram feitos pelas nossas gentes. Recebemos um subsídio da câmara para o equipamento que inauguramos há bem pouco tempo, mas é preciso reflectir que precisamos de atrair mais investimento público para a acção social. E também de aumentar as taxas de cobertura das várias valências para atendermos às nossas populações. É um trabalho que deve ser feito em rede, em colaboração com a câmara e todos os parceiros sociais. Deixo aqui um apelo à câmara e às outras instituições para que trabalhemos nesse sentido de melhorarmos os nossos equipamentos, de aumentar os nossos equipamentos sociais e aumentar as taxas de cobertura para as nossas populações. Quero agradecer a todas as direcções e funcionários que passaram pelo Centro Social de Raimonda que passaram pela instituição ao longo de 30 anos”.

Padre Luís Brito