Em 2016, no âmbito da renegociação da reposição do reequilíbrio económico-financeiro do contrato que a Câmara Municipal de Valongo possui com a empresa BeWater – Águas de Valongo, o PS/Valongo defendia uma proposta que pressupunha um aumento brutal da fatura da água no concelho de Valongo.

Essa proposta não só contemplava um reequilíbrio do contrato como somava a este mais duas pretensões do atual presidente da Câmara: a primeira era que a concessionária pagasse uma comissão por m3 de água vendido, ou seja, as tarifas passavam a encapotar um novo “impost0 municipal” que depois de cobrado aos clientes era entregue, posteriormente, à Câmara; a segunda pretensão prendia-se com as obras necessárias nas ETARs de Campo e Ermesinde que sendo uma responsabilidade do município passariam a ser suportadas pela empresa e consequentemente os seus custos refletidos nos tarifários.

Esta segunda proposta realçava a incoerência e a demagogia do atual presidente da Câmara que, ao contrário do que diz constantemente, de que é contra a concessão destes serviços, aproveitava-se desta renegociação para ampliar a concessão existente concessionando, ou como gosta de dizer entregando a privados, as obras das ETARs. Desta forma, e em ano eleitoral, não tem que dispor do orçamento municipal com obras que normalmente não dão votos!

De imediato o PSD opôs-se a essa proposta inicial obrigando o presidente da Câmara a desistir do tal “imposto municipal” que mais não era que uma forma de financiar o seu orçamento em 250 mil €/ano, à custa dos Valonguenses. Mais tarde, em julho de 2016, a ERSAR – Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos dá parecer desfavorável à proposta levando o PSD a exigir novo processo de negociação.

Na altura o PS/Valongo dizia e passo a citar, que “O voto contra do PSD e da CDU, no aditamento ao acordo, sujeita o município à decisão de um Tribunal Arbitral, que é independente da vontade da Câmara e da Assembleia Municipal, pelo que os eleitos do PSD e da CDU terão que assumir a total responsabilidade pelas consequências negativas para o concelho do seu voto contra.”

Ora o voto contra do PSD veio a transformar-se numa consequência positiva, ou seja, numa poupança para todos os Valonguense de perto de 4,5 milhões de euros. O tribunal arbitral, criado para o efeito, deu razão ao PSD/Valongo provando que se podia negociar melhor e que a anterior proposta do PS não servia o interesse dos Valonguenses.