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Foto: Fernanda Pinto/Verdadeiro Olhar

“Não há nenhuma previsão de encerramento daquele aterro”, afirmou o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, quando questionado sobre as pretensões da população e da Câmara Municipal que, há mais de um ano, pedem o fecho do aterro de resíduos não perigosos da Recivalongo, em Sobrado, Valongo.

Confrontado com as “irregularidades” detectadas recentemente, Matos Fernandes explicou que “dessa inspecção resultaram um conjunto de correcções, e sobretudo a indicação de que o problema não estava só na forma de fazer, estava na própria licença que estava por detrás do funcionamento do aterro”.

“Por isso a licença foi corrigida, retirando a possibilidade de deposição de amianto e de um conjunto vasto de resíduos orgânicos. São os resíduos orgânicos obviamente que provocam os maus cheiros e, neste momento, a maior parte dos resíduos orgânicos está proibida de ser depositada naquele aterro”, acrescentou o governante.

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O ministro argumentou ainda que “o que é absolutamente fundamental é encontrar uma solução para aqueles lixiviados”.

“Tenho pena que ainda não tenhamos encontrado essa solução com a autarquia. Quero acreditar que quando a [nova] ETAR de Campo estiver a funcionar, com uma capacidade que a actual não tem, haja um destino correcto para esses mesmos lixiviados e que se reduza muito o cheiro à volta daquele aterro”, referiu.

Recorde-se que a Associação Jornada Principal vai intentar uma acção popular em tribunal pedindo a nulidade da licença urbanística por violação do Plano Director Municipal. A meta é fechar o aterro.