O passivo da Câmara Municipal de Paredes baixou sete milhões em 2018 e o município tem mais liquidez, anunciou Alexandre Almeida, presidente da autarquia, durante a discussão dos documentos de prestação de contas, hoje, em reunião de executivo. O relatório foi aprovado por unanimidade.

Segundo o autarca, “o esforço de redução da dívida do município e de estabilização financeira do mesmo está bem patente neste documento”.

O passivo baixou de 103 para 96 milhões de euros. A maior redução foi nas dívidas de curto prazo, que baixaram 3,2 milhões de euros face a 2017. Já as dívidas a fornecedores reduziram dois milhões e os empréstimos de médio e longo prazo sofreram uma redução de mais de 1,8 milhões de euros, relativamente ao mesmo ano.

“Os rácios de liquidez do município sofreram evoluções muito positivas. A liquidez imediata passou de 15,13% para 37,21%, e a liquidez geral de 31,18% para 54,65%”, afirmou Alexandre Almeida.

“Estes bons resultados só foram possíveis graças a uma gestão rigorosa que envolveu todos os responsáveis e colaboradores da autarquia”, assumiu, explicando que, em 2018, conseguiram poupar um milhão de  euros nos consumos de bens e serviços da Câmara Municipal de Paredes; 667 mil euros no custo das mercadorias consumidas com os serviços prestados aos munícipes e nas obras executadas por administração directa; e 311 mil euros em juros e encargos financeiros, face aos gastos de 2017.

Tudo “sem parar investimentos”, garantiu. “Para 2019, a autarquia quer manter esta trajectória de rigor e eficácia financeira e sobretudo reduzir o prazo médio de pagamento a fornecedores, que ainda é elevado fruto do enorme desequilíbrio financeiro herdado”, adiantou o presidente da Câmara.

Apesar da contenção, em 2019 o município quer avançar com obras como a requalificação do Pavilhão e do Estádio das Laranjeiras, a piscina ao ar livre de Paredes, a casa da Juventude de Paredes e a requalificação das escolas básicas e secundárias de Lordelo e Rebordosa.

O PSD votou as contas favoravelmente. Com uma bancada onde se notou a ausência dos vereadores social-democratas habituais, Filipe Carneiro assumiu as explicações numa curta declaração de voto. “Sendo um documento técnico com opções políticas que, se fosse no nosso caso, provavelmente seriam diferentes, este executivo foi eleito para gerir. Por isso, votamos a favor”, disse.