Retomo neste espaço o assunto de uma publicação que fiz no facebook no passado sábado: o lixo. O lixo que continua a aparecer nas ruas, nos montes e jardins por onde passamos.

Fiquei estupefacta quando a responsável de um grupo de escuteiros me enviou a foto de uma carrinha de caixa aberta quase cheia de sacos de lixo que tinham apanhado do chão numa manhã… o dia ia a meio e a carrinha estava quase cheia. Como é possível? Como é possível que, em pleno século XXI, com tanta informação, com tanta acção de sensibilização, tantas mensagens de alerta, tantas notícias, o lixo vá simplesmente parar ao chão?! Que gesto é esse tão irresponsável de olhar para o lado e atirar o lenço, a máscara, o pacote de sumo ou seja lá o que for para o chão

Temos o bolso, temos a carteira, temos o carro, temos o cesto/papeleira mais próximo… Serão esses negligentes, porventura, os primeiros a tecer elogios a outros países onde está tudo limpinho, onde não se vê um papel no chão…esses países é que são bons! Serão esses, talvez, os primeiros a apontar o dedo à suposta falta de limpeza e a dizer que a Câmara Municipal ou a Junta de Freguesia nada faz.

Nesta matéria, caros leitores, não há serviço de limpeza que aguente com tamanha falta de civismo. A verdade é que a diferença está no gesto e no comportamento de cada um de nós e seria tudo tão mais simples e fácil. Que saibamos todos cultivar esta política de cuidar do espaço público, de cuidar daquilo que é de todos nós, de cuidar, no fundo, do ambiente que nos rodeia. Que saibamos todos apontar o dedo e chamar a atenção a quem não cumpre com as regras do saber viver em comunidade.