A Escola Secundária de Lousada, sede do Agrupamento de Escolas do concelho, foi palco do Dia do Agrupamento das Escolas do Lousada, na semana passada. A iniciativa, que se realiza há cinco anos, envolveu alunos, docentes e comunidade escolar num dia de festa.

A celebração desta data foi, também, aproveitada para dar a conhecer os vários projectos dos alunos dos sete estabelecimentos de ensino que integram o Agrupamento de Escolas de Lousada.

Este ano, o Dia do Agrupamento das Escolas de Lousada teve como tema “A nossa Escola modela o futuro, através do Património Cultural” e ao longo do dia foram inúmeras as actividades propostas, desde a feira do livro, jogos lúdicos, visionamento de documentários, palestras, exposições, rastreios, jornadas gastronómicas, sessão de entrega de diplomas das Olimpíadas de Matemática, entre outras actividades.

Cada escola do primeiro ciclo, assim como a EB 2/3, realizou visitas guiadas às mais diversas actividades, preparadas por cada departamento, numa iniciativa que contou com a colaboração dos professores, técnicos e alunos envolvidos de todas as áreas.

Os laboratórios da Secundária permaneceram abertos com experiências divertidas, feiras, jogos lúdicos oferecidos pelas várias disciplinas, pintura colectiva, construções variadas, exposições de arte e de trabalhos desenvolvidos ao longo do ano, competições atléticas, pinturas faciais e até a oferta de meditação e Reiki.

Ao Verdadeiro Olhar, Capitolina Oliveira, formadora de Cidadania e Profissionalidade (CP) do Centro Qualifica do Agrupamento de Escolas de Lousada, destacou que a escola é o melhor veículo para preservar e ensinar a cultura.

“Estamos certos que a Cultura de um povo é o seu maior património. Todo o conhecimento adquirido faz parte do nosso património cultural e a principal razão da sua preservação é a melhoria da qualidade de vida da comunidade que implica o seu bem-estar material e espiritual e garante o exercício da memória e da cidadania”, disse.

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“É certo que estamos no tempo da tecnologia de ponta, das novas mídias, da internet, em suma, da era digital, mas só nos tornaremos ‘Ricos’ se mantivermos os nossos traços culturais, vindos dos nossos avós, aproximando o velho do novo, o erudito do popular, o local do nacional, o simples do complexo”

Segundo Capitolina Oliveira, a preservação do património cultural é determinante para a nossa consciência colectiva.

“A preservação favorece a continuidade das manifestações culturais e acreditamos que, quando se preserva, na prática, o património cultural, conserva-se na memória o que fomos e o que somos, resgatamos a história, perpetuamos valores e fazemos com que as novas gerações não vivam sob a angústia de não saber quem são”, expressou, reforçando que uma povo que preserva a sua história, a sua memória e os seus habitantes, está a ensinar a construir o futuro.

“É certo que estamos no tempo da tecnologia de ponta, das novas mídias, da internet, em suma, da era digital, mas só nos tornaremos ‘ricos’ se mantivermos os nossos traços culturais, vindos dos nossos avós, aproximando o velho do novo, o erudito do popular, o local do nacional, o simples do complexo. E por estarmos tão certos de tudo isso, num país, onde a cultura é tão esquecida por quem de direito, quem melhor para ensinar a preservá-la, do que a Escola?”, acrescentou.