Caso de Gandra está sinalizado. Já houve retirada de animais em 2014 e 2019

Uma visita técnica realizada em Junho deste ano só encontrou um cão e um gato de família, revela fonte da autarquia. Ontem, dezenas de pessoas juntaram-se em torno da habitação para alegadamente libertar animais

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A casa de Gandra, que ontem foi rodeada por populares por acreditarem que aí existia um “canil” ilegal, foi alvo de, pelo menos, três “visitas técnicas”, do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e da veterinária municipal, confirma a Câmara de Paredes.

A última aconteceu em Junho deste ano e, segundo fonte da autarquia, só foram encontrados dois animais, um cão e um gato de família.

Mas nem sempre foi assim. Em 2014, depois de uma denúncia, foram encontrados cerca de 50 animais na habitação, que foram recolhidos e encaminhados para uma associação, refere a mesma fonte.

Em Junho do ano passado, em nova “visita técnica” foram encontrados “mais alguns animais” que foram novamente recolhidos.

A Câmara de Paredes confirma que na casa reside uma mulher de 84 anos. A idosa será alegadamente mãe da proprietária de um abrigo ilegal de Santo Tirso que foi consumido pelas chamas e vitimou 73 animais.

A mesma mulher tinha, em Sobrado, Valongo, outras habitações degradadas onde, ontem, se concentraram dezenas de pessoas e representantes de associações. Acabaram por ser retirados do local mais de 30 animais que sofriam maus-tratos, confirmou entretanto a GNR, que disse que duas mulheres foram identificadas.

Nesta casa em Gandra, também se juntaram populares exigindo a retirada dos animais que ali estariam.

Já o caso da mulher, de 84 anos, acamada e sozinha, e que se recusa a abandonar a habitação, está a ser acompanhado pela Segurança Social desde 2017. Tem recebido apoio, nomeadamente alimentar, de uma instituição local. As técnicas da Acção Social da autarquia já fizeram nova visita à habitação para reavaliar o caso.