Caracterizar a população com deficiência e incapacidade no concelho de Paredes é o grande objectivo do projecto social “Nos Trilhos da Inclusão: Conhecer para intervir” apresentado, esta segunda-feira, pela Câmara Municipal de Paredes.

A autarquia quer saber quem são, como estão, como vivem estes munícipes para depois identificar as suas necessidades e definir estratégias de intervenção.

Neste momento, já arrancou a formação de um grupo de 18 voluntários, do Banco Local de Voluntariado de Paredes, que será responsável por recolher informação no terreno junto das pessoas sinalizadas por freguesias, párocos, instituições sociais e escolas.

Hermínia Moreira acredita que este projecto vai envolver “largas centenas” de pessoas com deficiência e incapacidade. Só em instituições como o Emaús, o Lar Residencial de Sobrosa, a AIJA e os agrupamentos de escolas são já entre 150 a 200 os casos sinalizados, adianta a vereadora da Acção Social.

O objectivo é que este primeiro levantamento esteja concluído em alguns meses, mas a autarca salienta que este não é um processo fechado e que o trabalho terá que ser alvo de actualização permanente.

Uma das necessidades que acredita que vão estar espelhadas neste diagnóstico passa pela falta de apoio aos cuidadores e familiares destas pessoas com deficiência e incapacidade.

A vereadora lembrou que, em 2012, foi feito um levantamento mas que ficou incompleto. “O desafio é grande”, salientou.

Inês Barbosa será uma das voluntárias que vai participar neste processo. “Vi que estavam a precisar de voluntários e como já tinha experiência na área da deficiência resolvi contribuir”, explica a psicóloga. Quem quiser ainda se pode juntar a este grupo.

Apresentado no Dia Municipal para a Igualdade, este projecto resulta de uma parceria entre o município de Paredes, o Projecto CLDS 3G – Horizontes de Inclusão e a Associação Agito Social.