A Câmara Municipal de Paredes promoveu uma reunião entre empresários do concelho e a idD – Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais, para a divulgação das oportunidades de negócio existentes na Economia de Defesa, diz nota de imprensa. A iniciativa, realizada esta terça-feira, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, foi promovida no âmbito do Ministério da Defesa Nacional e contou com a presença do Adjunto do ministro José Pedro Aguiar Branco, Paulo Cutileiro; do presidente da idD, Eduardo Neto Filipe, do executivo camarário liderado por Celso Ferreira, e de uma delegação de empresários do concelho de Paredes.

“Paredes tem cerca de 800 fábricas de móveis, mas tem também muitas unidades industriais de grandes dimensões e de grandes níveis de excelência nas mais diversas áreas. Esta reunião visa divulgar o potencial da Economia de Defesa, que negoceia com quase todos os sectores da produção industrial e não só na indústria militar, já que os exércitos precisam de fardas, os quarteis precisam de móveis e os refeitórios de alimentos…”, sustentou Celso Ferreira. O presidente da Câmara Municipal de Paredes realçou que a reunião foi sugerida pelo Ministro da Defesa Nacional aquando de uma recente visita ao concelho.

Paulo Cutileiro falou em seguida, explicando o porquê da criação da idD. “A Economia de Defesa é prioritária há cerca de dois anos, por dois motivos essenciais: em primeiro lugar, porque o decréscimo de investimento nesta área parou, uma vez que segurança e defesa estão na ordem do dia como há muito não estavam; em segundo, porque há um conjunto de agências da NATO que todos os anos lançam concursos e Portugal não concorria. A criação da idD coincidiu com a privatização de empresas de defesa, visando desempenhar um papel facilitador e alavancar negócios”, revelou o Adjunto do Ministro da Defesa Nacional. Já Eduardo Neto Filipe explicou o funcionamento da Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais. “Este sector é um mercado global a que se acede normalmente por via institucional. É competitivo, mas muito lucrativo. Para uma resposta eficaz às solicitações deste mercado, a idD criou a BTID (Base Tecnológica e Industrial de Defesa), que é uma base com os dados de todas as empresas nacionais que podem contribuir para o sector”, disse o Presidente da idD.

“A missão principal missão da idD é a de desmistificar que a Economia de Defesa é só a indústria de armamento. Após as privatizações, o Estado deixa de ser um concorrente e passa a ser um parceiro num sector que tem um volume de negócios anual de 1,72 milhões de euros (88% dos quais para exportação), emprega 20 mil pessoas e envolve mais de 100 empresas portuguesas. A idD é uma alavanca que permite abrir novos mercados”, acrescentou.

A idD – Plataforma das Indústrias de Defesa Nacionais foi criada para promover a expansão internacional das empresas portuguesas ligadas ao sector da defesa, contribuindo para o desenvolvimento da economia nacional. Identifica oportunidades de negócio para as empresas nacionais em mercados estratégicos e dinamiza, prepara e apoia visitas e missões ao exterior relacionadas com a Economia de Defesa, abrindo caminho ao aumento das exportações, numa lógica de funcionamento semelhante à da AICEP. As empresas que queiram integrar a BTID podem fazê-lo no sítio da Internet www.iddportugal.pt.