Foto: I.R.M./Verdadeiro Olhar

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda, acompanhada de deputados e eleitos locais do concelho de Valongo, defendeu hoje, no final de uma visita à Escola Secundária de Ermesinde, a necessidade de garantia de “um compromisso” da realização de uma segunda fase de obras neste estabelecimento de forma a permitir que os alunos tenham “salas de aula de qualidade, dignas do século XXI”.

Numa visita guiada pelo director da escola, Álvaro Pereira, a líder partidária ficou a conhecer os problemas da Secundária de Ermesinde, um estabelecimento escolar que nunca sofreu obras ao longo dos últimos 30 anos, apesar de, desde 2009, estarem a aguardar a requalificação pela Parque Escolar, que entretanto suspendeu a empreitada. A Escola Secundária de Ermesinde deverá agora ser intervencionada em 2017, num investimento de 3,9 milhões de euros, financiado pelos fundos comunitários provenientes do Portugal 2020 e com comparticipação do Ministério da Educação e da Câmara de Valongo, de 7,5 por cento cada. Os acordos com o Ministério da Educação foram já aprovados pelos órgãos municipais, mas não foram ainda assinados. Segundo adiantou Álvaro Pereira à delegação do Bloco de Esquerda as obras poderão arrancar a partir de Junho de 2017, estando a Câmara Municipal de Valongo a trabalhar no projecto a implementar, devendo privilegiar as salas de aula e a retirada das coberturas de amianto.

No final da visita, Catarina Martins sublinhou que “o Governo do PSD parou o investimento na escola pública”, acrescentando que muitas escolas “estão sem obras há 30 anos”, como é o caso da Secundária de Ermesinde. Considerando que o Orçamento de Estado “não tem capacidade de investimento” na escola pública para resolver os problemas estruturais, sublinhou a importância dos programas comunitários para fazer as requalificações mais urgentes. Não obstante, Catarina Martins frisou que deve haver um compromisso imediato a acompanhar a intervenção urgente, deixando o desafio de que os protocolos a assinar no âmbito da requalificação a arrancar em 2017 “incluam um programa de investimento de maior alcance para que todos os alunos possam ter salas de aula de qualidade, dignas do século XXI”.