André FerreiraPenafiel, é indiscutivelmente um concelho ímpar no que às tradições diz respeito.

Aliás, esta caraterística suis generis do nosso concelho, está indissociavelmente ligada à nossa matriz histórica, que faz de Penafiel a segunda cidade mais antiga do norte, tendo sido aliás sede da diocese.

Por todos estes pergaminhos, a nossa penafidelidade manifesta-se das mais diversas formas, sendo as tradições uma pedra basilar da nossa identidade, fazendo parte da nossa idiossincrasia enquanto território.

Por tudo isto, torna-se absolutamente vital, dar escala às nossas tradições potenciando a marca Penafiel.

E na verdade, este desiderato tem sido alcançado ao longo dos anos.

Desde a histórica feira de São Martinho, que enche as ruas da cidade, as festas do Corpo de Deus, a Festa do Caldo em Quintandona, a Noite Branca, a Festa da Sopa Seca em Duas Igrejas, à grande Agrival, entre outras, são eventos de referência que dão vida à nossa cidade e concelho em todo o seu esplendor.

Naturalmente que a estas festas e tradições, temos as festas dos santos padroeiros que ocorrem em todas as freguesias que enchem o coração das pessoas, dinamizando de sobremaneira o concelho no panorama regional.

Com a evolução dos tempos, a continuidade destas tradições muitas vezes perigou, onde a sucessão nem sempre é fácil de assegurar.

Todavia, com maior ou menor esforço, o paradigma tem-se mantido, o que é digno de registo.

Com a modernidade, muitos são aqueles que podem achar estas tradições e romarias como algo démodé, porém, sou daqueles que entende que estas tradições fazendo parte do nosso código genético enquanto cidade e concelho, devem ser preservadas e alavancadas no futuro, com a arte e o engenho, de aqui e ali se ir inovando.

Ainda este ano, o nosso S. Martinho que ainda dura, recebeu e continuará a receber milhares de visitantes de muitas partes do concelho, e nomeadamente também de fora de Penafiel e desta região, sendo algo difícil de igualar na região.

Assistimos a uma moldura humana enorme nas nossas ruas, o que não é apanágio de qualquer concelho.

Um país, um concelho e uma cidade deve manter este lastro histórico, de molde a proporcionar dias de alegria e de boa disposição aos seus concidadãos.

E estes eventos, apresentam igualmente um retorno financeiro considerável, designadamente a movimentação da economia local, ainda que de pequena escala, mas atendendo aos milhares de forasteiros, representa no seu todo números risonhos.

Neste domínio Penafiel, é dos poucos concelhos na região, que fruto da sua história e da sua própria identidade, tem ao longo dos anos uma dinâmica fortíssima, que cabe a todos apoiar.

Paralelamente a este facto, devem existir e existem outras realizações noutro âmbito, mormente cultural, que no futuro as trarei à colação, que se repercutem também como fundamentais na afirmação do nosso concelho.

Em resumo, Penafiel, é claramente um concelho e uma cidade com pergaminhos únicos que nos deve encher de orgulho e de satisfação, cabendo a cada um de nos, à medida das suas responsabilidades manter esse legado e transmiti-lo às gerações vindouras.

Porque Penafiel sente-se de várias formas, e esta forma genuína de Sentir Penafiel, não pode nem deve ser ignorada, bem pelo contrário!