Há meses, escrevi neste mesmo jornal um artigo de opinião, intitulado “À espera”, sobre as expectativas de renovação da Comissão Política Distrital do PSD Porto. Na altura, Alberto Machado (como os outros candidatos, aliás) mostrou perfeito conhecimento sobre os problemas do Partido, nos quais se incluíam a necessidade de recuperar o entusiasmo das bases do partido e de amparar as concelhias.

Uma luz de esperança surgiu, com as garantias de Alberto Machado em sair da linha da costa e apoiar efetivamente o interior do distrito. Mas foi fogo-fátuo! Um fogo que passou a arder apenas ali para os lados do concelho do Porto, onde estão as elites do PSD do distrito.

Dr. Alberto Machado, então no interior do distrito não há gente com ideias e capaz de contribuir para o desenvolvimento do país, ao ponto de poder assumir o lugar de deputado na Assembleia da República? Afinal, as concelhias do interior só servem para eleger as comissões políticas distritais!

Como disse no passado, aqui estou a cobrar-lhe a palavra dada. Provavelmente, o senhor nem sabe que existo, até porque sou do interior do distrito e não tenho por hábito a adulação para conseguir protagonismo. Ainda assim, e porque os meios digitais têm a virtude de levar mensagens ao litoral, desejo-lhe excelente trabalho enquanto deputado, esperando que os ares da capital não acentuem o esquecimento do interior do distrito, já que, enquanto líder da distrital, não tem remédio!

Apesar das ausências, devo reconhecer a presença de homens e mulheres de mérito nas listas do PSD, pelo que o Partido terá sempre o meu apoio. Acredito que só a social-democracia será capaz de construir um futuro sustentável para o nosso país!”