Cerca de 200 atletas participaram no Campeonato Nacional de Patinagem Artística que decorreu, no último fim-de-semana, no Multiusos de Paredes.

A organização foi da Associação Desportiva de Patinagem local e, segundo a presidente da colectividade, tanto ao nível de participantes como de público a iniciativa foi “um sucesso”.

Em entrevista ao Verdadeiro Olhar, Célia Rocha confessou que “superou todas as expectativas”, exaltando ainda as “condições do Multiusos de Paredes que é excelente para este tipo de evento”.

Célia Rocha, Presidente da Associação de Patinagem Artística de Paredes

Assim, as 50 equipas participantes, oriundas de todo o país, deslizaram sobre rodas no multiusos, com um júri a asistir que avaliou os atletas, não só do ponto de vista da dança, mas também da técnica. O resultado final “apurou os 30 melhores patinadores de cada escalão”, explicou a dirigente.

A patinagem é uma modalidade que, e no caso de Paredes, tem vindo a “crescer”, considerou. Mas a ideia da associação, é que cresça ainda mais. Mas, para isso “há que a dar a conhecer” à comunidade. E nesse campo, a colectividade tem trabalhado. A prová-lo está o facto de algumas escolas do município terem esta actividade, em horário pós-lectivo. “A ideia passa, sobretudo, por ensinar as crianças a andarem de patins. É bom que sintam este desporto e que, quem sabe, possam começar a fazer parte deste mundo”, frisou Célia Rocha.

Mas a patinagem é uma modalidade “bastante dispendiosa”. Por exemplo, e para este tipo de competições, os fatos usados pelos atletas são caros, porque, além da qualidade do material, “são crivados a pedras”, podendo custar “muitas centenas de euros”. E Célia Rocha sabe do que fala, porque, além de dirigente, é mãe de uma atleta. A Maria Inês que tem 12 anos e começou a interessar-se pelos patins com cinco anos.

É verdade que a patinagem artística encerra uma grande beleza e graciosidade, porque a forma de patinar e a expressão corporal unem-se ao som da música. Em Portugal, nasceu nos anos 50, mas era considerada, apenas, do ponto de vista recreativo e não de competição, porque as pessoas pretendiam somente aprender a andar de patins, ao mesmo tempo que se divertiam.

Foi nos anos 70 que se deu uma ‘explosão’ de atletas e equipas. E é certo que a sua prática permite o desenvolvimento das capacidades das crianças, melhorando a coordenação motora, a força, a flexibilidade, a resistência, a velocidade, a agilidade e ainda o equilíbrio. Razões mais que suficientes para Célia Rocha considerar “importante a promoção deste desporto”.

Associação quer levar patinagem a quem tenha mobilidade reduzida

Um dos projectos que a associação pretende implementar em Paredes passa por levar a patinagem a “quem tenha mobilidade reduzida”. Esta é uma ideia que está a ser pensada por esta estrutura e que, se tiver apoios, poderá, sair do papel em breve. Célia Rocha sabe que para esta ideia “necessita de uma logística reforçada e apoios”, mas há que “acreditar”, concluiu a dirigente.

Depois do Campeonato Nacional, a associação está focada num outro evento que é a Taça da Europa de Patinagem Artística, que acontece no dia 1 de Novembro. A competição está aberta ao público e tem entrada livre.