Foto: Câmara de Valongo

Desde que o projecto começou a ser implementado, há quatro anos, são já 6.500 os alojamentos, desde moradias a edifícios, servidos pela recolha selectiva porta-a-porta em Valongo. Ao todo, 17% da população do concelho está servida por este sistema que procura aumentar a separação de resíduos, nomeadamente nas freguesias de Alfena, Ermesinde e Valongo.

Segundo o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, Valongo “é o concelho que vais mais à frente na recolha selectiva, até mesmo a nível nacional”. “Mudar a filosofia de recolha é impopular e conflituoso, mas resolvemos avançar sem medo”, atesta.

O projecto chama-se “Reciclar é Dar +” e inclui a recolha de resíduos orgânicos. São distribuídos contentores diferentes para colar cada resíduo, sendo depois feita a recolha em diferentes dias da semana.

“A recolha dos resíduos orgânicos (restos alimentares) é realizada às segundas-feiras, quartas-feiras e sábados; a do papel/ cartão às terças-feiras; a das embalagens às quintas-feiras; a do vidro ao sábado (de quinze em quinze dias); e a do lixo (resto) é realizada só à sexta-feira”, descreve a autarquia.

Para já as zonas do concelho abrangidas são 12: Lombelho, Barreiro, Baguim e Cabeda na freguesia de Alfena; Quinta da Lousa, Susão, Outeiro do Linho e Encosta do Vale, na freguesia de Valongo; e Montes da Costa, Bela e Palmilheira, em Ermesinde.

“Os últimos dados que temos apontam para uma taxa de 66% de adesão. No entanto, nas zonas referidas existem ainda equipamentos de utilização colectiva na via pública que serão retirados à medida que o projecto avança o que provocará o aumento da taxa de adesão. É intenção do município abranger 90% das habitações até 2030 com este novo sistema de recolha”, responde o município ao Verdadeiro Olhar.

O segundo concelho com melhores resultados na Lipor

No primeiro semestre de 2020, houve um aumento da quantidade de papel/cartão, vidro e embalagens encaminhados para reciclagem pelos munícipes de Valongo, quando é feita comparação com o mesmo período do ano passado. Em média, cada habitante encaminhou, até Junho, mais de 21 quilogramas de material para reciclar, mostram os dados.

“Em 2014, em matéria de reciclagem, o município de Valongo encontrava-se em sexto lugar entre os oito municípios do universo da Lipor. Em 2020 passou para segundo lugar”, salienta a Câmara de Valongo. A taxa de reciclagem vai nos 15,5%, sendo apenas superada pela da Maia, de 22,5%. Já nos resíduos alimentares e verdes o concelho também é o segundo com melhores resultados, ficando à frente Vila do Conde.

Para cumprir as metas em termos de retoma da recolha selectiva, para a qual contribuem as fracções papel, embalagens e vidro, o objectivo de Valongo é atingir em 2020 os 45 quilogramas/habitante. “Meta que se prevê seja atingida (considerando que no primeiro semestre se atingiu o valor de 21,05 quilogramas/habitante)”, justifica a autarquia.

Já no que toca à preparação para reutilização e reciclagem, para a qual contribuem todas as fracções valorizáveis (papel, embalagens, vidro, alimentares, verdes, madeiras, têxteis, esferovite, etc.), Valongo pretende reciclar 33% do peso global dos resíduos recolhidos em 2020. Também aqui, adianta o município, a meta deve ser atingida, já que quase já o foi no primeiro semestre: 32,40%.