Verdadeiro Olhar

PSD quer ouvir população e presidentes de junta antes de desagregar freguesias

Foi debatida na última reunião de Câmara de Paços de Ferreira uma proposta no sentido de pedir a anulação de todas as agregações de freguesia no concelho. Recorde-se que Humberto Brito já tinha prometido avançar com a defesa dessa ideia, quando um grupo de cidadãos entregou uma petição popular com 1500 assinaturas a pedir a desagregação da freguesia de Sanfins, Lamoso e Codessos.

A proposta acabou aprovada apenas pelos votos do PS, já que o PSD abandonou a reunião.

Em comunicado, os social-democratas acusam o presidente de câmara de querer “instrumentalizar as populações e usá-las como arma de arremesso político”. “O PSD não vai ultrapassar nem condicionar as populações e defende um debate sério, responsável e oportuno, ouvindo e respeitando a vontade da população e dos órgãos de freguesia”, sustentam.

Lembrando todo o processo, os social-democratas dizem que estiveram sempre contra esta agregação, mas que ou apresentavam propostas ou seria Lisboa a determinar a agregação.

“O PSD considerou, à data, melhor para o concelho, que a Assembleia Municipal apresentasse uma proposta como a que, então, foi apresentada e aprovada”, refere o comunicado do partido.

“Hoje, o PSD considera que se vier a ser possível a desagregação das freguesias agregadas deve ser ouvida a população e os órgãos autárquicos, por esta ordem”, defendem, acusando Humberto Brito de se recusar a ouvir a população.

“Na proposta que subscreve o presidente da Câmara propõe que se deve ‘iniciar o processo de discussão e ouvidas as juntas de freguesia agregadas’ e simultaneamente propõe que se ‘vote favoravelmente a devolução da autonomia das freguesias que foram agregadas’”, critica o PSD.

Segundo os vereadores ainda foi sugerida uma alteração à proposta, para que fossem ouvidas as populações e juntas de freguesia. E, perante a recusa, os vereadores do PSD “consideraram a proposta apresentada totalmente desadequada, sem condições para ser discutida e muito menos ser votada”.

Os social-democratas dizem-se disponíveis para fazer um debate sério sobre o tema, mas ouvindo as populações.