Verdadeiro Olhar

Presidente da Câmara de Penafiel lamenta falta de resposta do Governo sobre pedido de isenções na A4

O presidente da Câmara de Penafiel está “indignado com diferenciação negativa dos territórios” por parte do Governo. Em causa estão as recentes notícias de que o governo se prepara para reduzir valores das portagens na A41.

Em nota de imprensa, Antonino de Sousa diz-se sem resposta desde Abril face ao pedido de isenção de portagens na A4.

“O presidente da Câmara de Penafiel, aplaude a defesa intransigente da Maia e do Porto na defesa dos interesses da região e dos seus cidadãos, reivindicação justa e já com muitos anos. Todavia, não pode deixar de lamentar profundamente que as reivindicações de Penafiel e os alertas que tem feito ao governo sobre a A4 continuem sem resposta”, escreve a autarquia.

“No passado dia 6 de Abril, Antonino de Sousa fez chegar ao primeiro-ministro, António Costa, uma missiva onde apelava à implementação de medidas de apoio aos empresários penafidelenses e da região do Tâmega e Sousa, atendendo à especial complexidade do tempo que o país e o mundo estão a viver. Entre essas medidas, era proposto que fosse suspenso o pagamento de portagens para as viaturas comerciais que diariamente circulam na auto-estrada A4”, lembra a mesma fonte.

A resposta do gabinete do governante referia que o assunto teria sido encaminhado para o Ministério das Infra-Estruturas. “Mas, cinco meses depois, não há qualquer contacto, indício ou sinal, de que esta preocupação com as empresas de uma das regiões mais frágeis do país, o Tâmega e Sousa, esteja a ser levada a sério pelo Governo”, critica a Câmara de Penafiel.

“Foi, por isso, com alguma perplexidade, que tomamos conhecimento de que o Governo se prepara agora para reduzir o preço das portagens da A41 no Grande Porto, que consideramos uma excelente medida, mas pedimos que o governo não se esqueça de outras regiões, a braços também com uma profunda crise económica, fruto da pandemia, e onde é necessário criar condições para que as empresas não fechem de vez”, realça, acrescentando: “Consideramos, pois, esta decisão uma discriminação inaceitável e uma manifestação de desrespeito e desconsideração para com os penafidelenses e, também, para com toda a população desta região”.

Segundo dados do Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Auto-estradas (1.º trimestre 2018), citado pela autarquia, diariamente cerca de 14.243 viaturas circulam nesta via, ou seja, um movimento superior a cinco milhões de veículos por ano.