Lousada recebeu, esta tarde, o Dia da Unidade do Comando Territorial do Porto. Durante a cerimónia militar, em que foram condecorados militares do Comando, o presidente da Câmara Municipal de Lousada aproveitou para pedir reforço no número de efectivos do posto da GNR de Lousada. Falando de um concelho com território disperso e ligado a vários centros urbanos, Pedro Machado pediu mais “vigilância, patrulhamento e fiscalização”.
Na sessão, presidida pelo Comandante do Comando da Administração dos Recursos Internos da Guarda Nacional Republicana, major-general Carlos Alberto Baía Afonso, o comandante do Comando Territorial do Porto da GNR falou da evolução da criminalidade e da sinistralidade rodoviária em relação ao ano passado. Segundo Victor Mesquita Fernandes, houve menos vítimas mortais, mas mais acidentes rodoviários, e o índice de criminalidade geral baixou.
O Comando integra 1.514 militares e civis, 90% dos quais dedicados à actividade operacional, 34 quartéis e 370 viaturas. “É um vasto conjunto de meios, mas não esqueço as dificuldades e os problemas inerentes à sua gestão” e a procura na melhoria de condições para os militares, acrescentou Victor Mesquita Fernandes.
“É preciso mais vigilância, patrulhamento e fiscalização”
O Comando Territorial do Porto abrange mais de 906 mil habitantes de 18 concelhos e 216 freguesias. No total, serve 8,59% da população portuguesa. É composto por seis destacamentos territoriais e mais de três dezenas de postos. Na região há dez postos: Alfena e Valongo, inseridos no destacamento de Santo Tirso; Lousada, Freamunde e Paços de Ferreira, que integram o de Felgueiras; e o destacamento sediado em Penafiel, que inclui o posto sede e ainda os de Paredes, Lordelo, Termas de São Vicente e Paço de Sousa. No posto de Lousada há 25 guardas, foi referido durante a apresentação.
Mas para Pedro Machado é preciso reforçar meios. Destacando o orgulho que é para o concelho receber a iniciativa e a atitude “cooperante, construtiva e empenhada” da GNR a nível local, e ainda a sua importante intervenção na defesa da floresta e na sensibilização da população idosa para as questões de segurança, o autarca diz que é preciso aumentar o número de efectivos no concelho. “É preciso mais vigilância, patrulhamento e fiscalização”, acrescentou.
Lembrando que a GNR está em Lousada desde 1918, o presidente da Câmara Municipal de Lousada promete comemorações do centenário em 2018.
Menos vítimas mortais, mas mais acidentes
Para o Comandante Victor Mesquita Fernandes, a dedicação, disponibilidade e profissionalismo dos militares da GNR “são garantia de que os níveis de segurança que se pretendem atingir serão alcançados”.
Victor Mesquita Fernandes fez ainda um balanço da actividade do último ano. Este comando territorial tem sob a sua responsabilidade cerca de 1.000 quilómetros de estrada (onde se integram 13 autoestradas e 20 estradas nacionais). No plano da sinistralidade rodoviária, em relação ao ano passado, e apesar do aumento de fiscalização, houve um aumento de acidentes rodoviários, ainda que menos vítimas mortais, adiantou. Por outro lado, “apesar de ser a unidade com maior índice de criminalidade geral, os resultados mostram uma tendência de redução, sustentada pelo trabalho prevenção e de investigação criminal desenvolvida”, disse o comandante.
No que toca ao ambiente e protecção da natureza, 30% das ocorrências de fogos florestais de Portugal Continental são registadas pelo Comando Territorial do Porto. “Este ano, a nível nacional, esta foi a unidade da guarda com mais denúncias na linha SOS Ambiente e Território, apresentando uma taxa elevada de resolução de ocorrências”, acrescentou.
Cinco condecorados
Nesta cerimónia foram ainda entregues condecorações a cinco militares. O tenente-coronel António Leite de Araújo recebeu a Medalha de Mérito de Segurança Pública de 1.ª classe. Foram ainda entregues quatro Medalhas Militares de Comportamento Exemplar de Ouro – só atribuídas a quem tem 30 anos de serviço efectivo sem qualquer pena disciplinar ou criminal – ao sargento-chefe Francisco Aires Lopes, ao cabo-mor Vítor Manuel da Cunha Paiva, ao cabo-chefe José António Miranda Gomes e ao cabo António Martinho Cunha Vieira Cerdeira.