O Tribunal de Penafiel condenou hoje, sexta-feira à tarde, o patrão da antiga equipa de ciclismo W52-F. C. Porto, Adriano Quintanilha, o ex-responsável máximo da equipa, e o respetivo diretor-desportivo, Nuno Ribeiro, natural de Valongo, a penas de prisão efetiva de quatro anos e nove meses, por uso de substâncias dopantes pelos ciclistas.
Segundo a Lusa, a decisão foi anunciada no pavilhão anexo ao Estabelecimento Prisional de Paços de Ferreira, onde decorreu o julgamento da operação Prova Limpa, envolvendo 26 arguidos, entre eles vários ex-corredores. Durante a leitura do acórdão, o presidente do coletivo de juízes salientou que “em súmula resultaram provados praticamente todos os factos” constantes da acusação apresentada pelo Ministério Público.
Segundo o tribunal, Quintanilha financiava as substâncias proibidas e detinha sempre a palavra final sobre o que seria utilizado, enquanto Nuno Ribeiro, também ex-ciclista e figura central na estrutura, assegurava o contacto direto com os atletas, adquiria os produtos ilícitos e instruía os corredores sobre a sua utilização. Todos os ciclistas visados foram condenados a penas suspensas, com exceção de dois que acabaram absolvidos. O juiz presidente justificou a severidade aplicada aos dois principais arguidos afirmando: “A gravidade dos factos não nos permite suspender estas penas”, relata ainda a Lusa.
Assim, Nuno Ribeiro e Adriano Quintanilha foram considerados culpados pelo crime de tráfico de substâncias e métodos proibidos, recebendo quatro anos de prisão por esse ilícito, aos quais se somaram um ano e nove meses por administração dos mesmos. Em cúmulo jurídico, o tribunal fixou a pena única de quatro anos e nove meses, a cumprir efetivamente.








































