A coligação Viver Melhor em Paredes (PSD/CDS-PP) exigiu esta quarta-feira a demissão imediata do presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida (PS), após a revista Sábado ter revelado negócios imobiliários envolvendo o autarca e empresas suas e da sua adjunta.
Segundo a revista Sábado, a sociedade Didalma, detida por Alexandre Almeida desde 2013 em conjunto com a ex-mulher, Cecília Carneiro, comprou em 27 de junho de 2024 dois apartamentos T3 por 206 mil euros a uma empresa do grupo Manuel Caetano. No mesmo dia, a Didalma vendeu um dos imóveis por 222.500 euros a um casal, através de escritura notarial.
Alexandre Almeida, confrontado com as escrituras, esclareceu que os imóveis tinham sido adquiridos em 13 de janeiro de 2020 por contrato-promessa de compra e venda, quando ainda estavam em construção, e que a escritura definitiva apenas foi feita quando o edifício ficou concluído em 2024.
A polémica adensa-se porque o contrato-promessa foi assinado numa altura em que o empreendimento aguardava aprovação camarária, que viria a ser emitida pela autarquia de Paredes a 11 de novembro de 2020.
Em comunicado, o PSD e o CDS-PP consideram que “o presidente da Câmara perdeu condições políticas para continuar em funções”, acusando-o de “envergonhar o concelho” e pedindo a sua saída imediata. A coligação liderada por Mário Rocha sublinha ainda que “a ética e a transparência exigem que o autarca se demita, para não manchar a imagem do município”.
Alexandre Almeida, recandidato pelo PS às eleições autárquicas de 12 de outubro, defende que nunca realizou negócios com a Câmara de Paredes e que todos os processos decorrem dentro da legalidade.
























