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Paços de Ferreira: Ministério Público acusa homem que fingia ligação ao futebol e com perfis falsos aliciava sexualmente jovens

Um homem foi acusado pelo Ministério Público (MP) por se fazer passar por jogador ou empresário de futebol e cometer mais de 30 crimes de cariz sexual, sobre 13 jovens de várias localidades do país, nomeadamente Paços de Ferreira, comunicou a Procuradoria-Geral Regional do Porto.

Assim, entre 2019 e 2022, altura em que foi detido, o indivíduo usava perfis falsos para aliciar sexualmente as suas vítimas, que tinha idades compreendidas entre os 13 e os 24 anos, e que residiam em diferentes locais como Paços de Ferreira, Porto, Braga, Maia, Vila Nova de Gaia, Santo Tirso, Santa Maria da Feira, São Martinho de Serdoura, Bombarral e Amora.

Segundo a acusação, revela a PGR, “através de perfis das suas próprias vítimas ou que falsamente criava para o efeito nas redes sociais (WhatsApp, Snapchat, Discord e Telegram) ou através de cartões SIM pré-pagos, o arguido fazia-se passar por jogador de futebol ou empresário de futebol junto de diversas mulheres, menores de idade ou jovens, com o propósito de as aliciar a manterem relações sexuais consigo, de lhes extorquir quantias em dinheiro ou proporcionar a prática de actos sexuais a outros indivíduos das suas relações de amizade”.

O homem  “ameaçava-as a manterem consigo relações sexuais com o argumento de ter na sua posse fotos de índole sexual, e que as divulgaria, caso não aceitassem”, esclarece a PGR.

Assim, quando conseguia que as vítimas lhe enviassem “fotos ou vídeos de nudez, ou em acto sexual com terceiros, por se convencerem que teriam proveito económico ou de outra natureza, o arguido utilizava, posteriormente, tais fotos ou vídeos”, coagindo-as a “sujeitarem-se às relações sexuais ou a lhe entregarem quantias em dinheiro, com o argumento de divulgação” pública, quer junto de familiares, entidade patronal ou colegas de trabalho.

São 34 os crimes que o homem está acusado, um de aliciamento de menores para fins sexuais, cinco de violação, dois de pornografia de menores, um de coacção sexual, um de recurso à prostituição de menores, um de importunação sexual, seis de devassa da vida privada, um de extorsão, três de extorsão na forma tentada, quatro de coacção, cinco de burla, dois de acesso ilegítimo e dois crimes de falsidade informática.