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Um hospital privado, uma unidade de cuidados continuados, uma residência sénior e um hotel de quatro estrelas vão nascer em Ermesinde, Valongo, num investimento de 35 milhões de euros. O projeto é do Grupo Terra Quente (TQ) saúde e anuncia que vai criar 120 postos de trabalho, numa área de 22780 metros quadrados. O projeto está previsto para a Avenida Eng.º Duarte Pacheco, em frente à Igreja de Santa Rita.

O terreno não tem capacidade de construção e, nesta altura, há um pedido de reconhecimento como empreendimento de carácter estratégico, publicado em Diário da República, um estatuto especial que pode justificar alterações às regras urbanísticas habitualmente aplicadas.

O empreendimento será rodeado “pela Igreja de Santa Rita, pelo Colégio de Ermesinde e pelo Seminário da Diocese do Porto, terá uma implementação em L e edifícios com o máximo de cinco pisos. O projeto prevê para a unidade hospitalar “uma vasta gama de serviços”, que vão desde pisos de internamento, controlo de enfermagem, salas de tratamento, atendimento permanente, bloco cirúrgico, meios complementares de diagnóstico e internamento, serviços técnicos e estacionamento privado, com acesso direito ao exterior. Também inclui quartos individuais e duplos, salas de tratamento, banho assistido, entre outros, lê-se na descrição.

Foto Google Maps

Já a unidade de cuidados continuados, edificada em articulação com a unidade hospitalar, vai procurar “prestar serviços no âmbito da convalescença, cuidados paliativos e, eventualmente, saúde mental”.

Em relação à residência sénior, que antecipa a edificação de 42 quartos, será planeada “a pensar nas exigências e nas necessidades da população sénior, incluindo o respeito pela privacidade e promoção do convívio, a manutenção de uma vida ativa e adaptada”, visando estadias temporárias ou prolongadas.

A unidade hoteleira terá “preferencialmente” 4 estrelas e cerca de 81 quartos. O promotor sublinha que também esta unidade hoteleira vai colmatar “uma carência de oferta turística deste tipo de equipamento e serviços no concelho de Valongo”.

Infraestrutura vai criar um total de cerca de 400 lugares de estacionamento

No que diz respeito às vias envolventes, refere-se que está projetada a construção de uma estrada paralela à Avenida Engº Duarte Pacheco, que dará “a imagem de uma alameda pública que atravessa toda a extensão” e por onde entrarão os utentes do hospital que se desloquem de transportes públicos ou privados e onde se vão localizar as rampas de acesso ao estacionamento subterrâneo. O complexo terá ainda uma ligação à Rua Cidade de Ermesinde.

Assim, e no que diz respeito ao estacionamento, será edificado um parque com 140 lugares e um outro, subterrâneo, com 166 lugares, mais 78 privados de uso público.

Todos os edifícios se vão apresentar “como uma unidade arquitetónica e urbana, perfeitamente integrada, não deixando de existir subtis diferenças nas fachadas e nos volumes”, que facilmente permitem fazer a sua diferenciação, lê-se ainda na descrição..

A localização é apontada como central numa mancha urbana de aproximadamente 120 mil habitantes, abrangendo freguesias contíguas de Rio Tinto, Águas Santas e Ermesinde, território onde não existe um equipamento com esta configuração.

Próximas etapas urbanísticas

A capacidade edificatória será fixada através de uma unidade de execução conforme o PDM de Valongo. Essa unidade prevê a cedência ao município de uma parcela de 23.292 metros quadrados para futura piscina municipal.

Entretanto, toda esta estrutura será submetida a pareces da Infraestruturas e Portugal, dado que confina com duas vias nacionais, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), porque é atravessada por uma linha de água, e a Redes Energéticas Nacionais (REN), por ser cruzada por linha de abastecimento de energia elétrica.

Grupo Terra Quente

O Grupo Terra Quente Saúde, anteriormente conhecido como Hospital Terra Quente, tem uma história de expansão focada em “levar cuidados de saúde privados de proximidade ao interior do Nordeste Transmontano”. Fundado em fevereiro de 2008, gere três hospitais principais na região, estando localizados em Mirandela, a sede e primeira unidade do grupo, Bragança, e Chaves.

Nos últimos anos, o grupo tem continuado a crescer e a consolidar a sua presença e já anunciou que poderá abrir ais dois polos no distrito de Vila Real até 2026. Este ano, já abriu portas a polos de saúde em Foz Côa, a 1 de setembro, e Mogadouro, 15 dias depois.

“Ambos os projetos fazem parte de um plano de expansão, que pretende garantir acesso mais próximo, articulado e humanizado a cuidados de saúde diferenciados, através de unidades estrategicamente distribuídas e integradas numa rede hospitalar regional”, refere o grupo, na sua página.

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