Verdadeiro Olhar

“Holograma” traz enchente de música clássica ao Centro Cultural de Ermesinde

Chama-se “Holograma – Cultura para Todos” e é um programa recheado de música que vai acontecer, da próxima quinta-feira a domingo, no Centro Cultural de Ermesinde, em Valongo.

Este é um projecto que abraça os municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) e que pretende levar a música clássica a todos, uma vez que o seu consumo é escasso e o acesso é reduzido. Assim, “trabalhar com “grupos minoritários ou socialmente desfavorecidos, de 17 geografias diferentes” é o que pretende o “Holograma”, concebido pela Casa da Música, em parceria com a AMP e os concelhos que a integram, explicou a organização, aquando a sua apresentação.

Cada edição do “Holograma“ procura “reproduzir a vivência da Casa da Música em um ou mais espaços culturais de cada um dos municípios”, com concertos e atividades educativas, no âmbito de uma programação especialmente concebida, com qualidade artística e cuidados de produção.

Contas feitas, e ao longo de dois anos deste projecto, estão previstas 68 apresentações públicas dos projetos comunitários, 68 concertos e mais de 270 sessões de espetáculos educativos.

Em Ermesinde, a programação inclui, quinta-feira, às 9h30 e às 11h30, o espectáculo “Les Feuilles Mortes”, reservado às escolas, e que é uma obra de Joseph Kosma, escrita em 1945, inspirada no ‘Poème d’Octobre’, de Jules Massenet, e que se tornou “num dos mais tocados standards de jazz de sempre”, explica o Centro Cultural de Ermesinde, na sua página. A concepção e direcção artística é da ‘FACTOR E!’, estando a interpretação a cargo de Filipe Monteiro, João Costa, João Paulo Rosado, Paulo Gomes e Rui Teixeira.

À noite, a partir das 21h00, sobe ao palco o projeto comunitário Valongo/Vallis Longus, um espectáculo dirigido a todas as pessoas, e que faz uma viagem “da lenda à história” e da forma que se “faz o presente e prepara o futuro”. Esta performance foi inspirada nas “festas e tradições das várias freguesias do concelho”, sendo uma criação coletiva que resultou da junção do trabalho entre o Serviço Educativo da Casa da Música e membros das comunidades locais, que agora sobem ao palco.

No dia 12 de Novembro, às 9h30 e 11h00, as crianças das escolas, com idades compreendidas entre os três meses e os seis anos, são convidadas a assistir ao ‘Bebéthoven’. No ano em que se comemora o 250º aniversário de Beethoven, a organização achou fundamental dar a conhecer este génio alemão, através de um concerto que pretende “deixar uma semente da grande música, no ouvido e na alma dos bebés que forem assistir”.

À noite, às 21h00, o palco é da banda lisboeta ‘The Jeggas’, que funde estilos como o blues, o rock e o soul pelas sonoridades de Adriana Sá Couto, na voz, Luís Reis e Diogo Alves, na guitarra, Pedro Gonçalves, na bateria, Rodrigo Lima, no baixo, e Luís Dias, no saxofone.

No dia 13, sábado, às 10:30, regressa o ‘Les Feuilles Mortes’ e à noite, às 21h00, apresentam-se em palco os solistas da Casa da Música. São eles, Stephanie Wagner,k na flauta, Luís Matos, no oboé, Victor J. Pereira, no clarinete, Roberto Erculiani, no fagote, Nuno Vaz, na trompa, interpretando composições criadas desde o século XVIII até aos nossos dias.

De referir que, estes solistas são formados por músicos das orquestras da Casa da Música, a Sinfónica do Porto e Barroca, assim como o Remix Ensemble.

No último dia do ‘Holograma’, domingo, às 10h30, é a última oportunidade para assistir ao ‘Bebéthoven’, assim como ao projecto comunitário ‘Valongo/Vallis Longus’, sendo que este último está agendado para as 17h00.

De referir que o acesso aos espectáculos é gratuito e as informações e reservas podem ser feiras através do mail forumculturalermesinde@nullcm-valongo.pt ou pelos números 229 783 320 ou 932 292 713.