Verdadeiro Olhar

Gravemente ferido ao manusear explosivo

Eram quase 11h00 da manhã da passada terça-feira quando uma explosão atordoou os moradores da rua Quinta da Presa, no centro da freguesia de Lustosa, em Lousada. As primeiras pessoas que saíram à rua viram Fernando Campinho a caminhar ensanguentado e com ferimentos graves no peito e cabeça. Tinha também uma mão esfacelada.

Pouco depois, soube-se o motivo da explosão que provocou os ferimentos no homem de 56 anos. Fernando Campinho estava a manusear explosivos e um deles rebentou.

A Polícia Judiciária está a investigar o caso.

 

PJ investiga explosão

 

Hélder Ribeiro estava em casa quando, na manhã de terça-feira, o barulho de uma explosão o sobressaltou. “Moro na casa ao lado e ouvi o estrondo. Quando saí, ele já estava a sair do barracão e ia em direcção à estrada. Só dizia que ia morrer”, descreve Hélder Ribeiro. O residente na rua da Quinta da Presa descrevia assim os momentos que se seguiram à explosão que ocorreu no barracão situado atrás da casa do número 67 da rua onde ficam localizadas a sede da Junta de Freguesia e o cemitério local. “Não tinha uma mão e também não conhecia ninguém”, acrescenta.

Filipa Santos, que estava no café em frente à casa de Fernando Campinho quando se deu a explosão, também não esquece os momentos que se seguiram à explosão. “Quando vim cá fora vi o senhor a andar até às escadas da casa. Tinha ferimentos no peito, na cara e estava sem uma mão. Mas manteve-se sempre consciente”, recorda.

Ao VERDADEIRO OLHAR, José Abreu, cunhado de Fernando Campinho, afirma que este estava, pelas 10h45, sozinho no interior de um barracão onde estava guardado o engenho que acabou por explodir. “Não sei como é que ele arranjou aquilo. Na altura da explosão, ele estava sozinho no armazém, mas a minha mãe [sogra da vítima] estava deitada na cama da casa”, refere. Em casa estava ainda a filha de Fernando Campinho que, perante os graves ferimentos do pai, não aguentou o choque. “Quando o viu foi para casa a gritar”, conta uma vizinha.

No local da explosão esteve a GNR que, perante o material explosivo encontrado no barracão, decidiu informar a Polícia Judiciária do caso.