Verdadeiro Olhar

Fundos europeus de mais de dois milhões vão melhorar a paisagem e ecossistemas do Parque das Serras do Porto

São mais de dois milhões de euros atribuídos pela Comissão Europeia ao Parque das Serras do Porto, que envolve os territórios de Valongo, Paredes e Gondomar.

A verba será destinada à floresta e contempla “um conjunto integrado de intervenções, com um elevado impacte positivo na paisagem e nos ecossistemas, além de acções de monitorização, divulgação, sensibilização e envolvimento cívico”, revela a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto, em comunicado.

Do conjunto de trabalhos a executar ao abrigo deste programa, há a salientar as intervenções em 423 hectares de área florestal e ripícola, incluindo controlo de espécies exóticas e invasoras, a plantação de cerca de 161 mil árvores e arbustos autóctones, o recurso a soluções que aumentem a retenção de água no solo e melhorem as margens ribeirinhas, a instalação de um apiário pedagógico e gestão de matos recorrendo a cabras sapadoras, entre outras realizações, enumera aquele organismo.

O projecto servirá ainda para dinamizar actividades dirigidas, não só às escolas, mas também a toda a população, à produção de diversos materiais pedagógicos e de disseminação, assim como à promoção da participação das pessoas, através do voluntariado.

Esta verba deriva de uma candidatura feita pela associação, ao Programa LIFE, gerido pela CINEA – European Climate Infrastructure and Environment Executive Agency, agregando os municípios de Paredes, Valongo e Gondomar, a
LIPOR a Navigator Forest Portugal, assim como proprietários e outros grupos com interesse da região.
No global este investimento ascende a mais de 3,6 milhões de euros, sendo que a Europa apoia em 2,1 milhões que serão gastos em cinco anos, ou seja, até Agosto de 2027.

A associação destaca que tem vindo a investir em “estudos, capacitação de forças vivas locais, intervenções de melhoria ecológica de habitats e de expansão da floresta nativa, divulgação e sensibilização, promoção de parcerias, redes de cooperação e envolvimento cívico”. Para além do “usufruto sustentável e turismo de natureza”.

Recorde-se que esta paisagem protegida regional, integrada na Rede Nacional de Áreas Protegidas, abrange a Zona Especial de Conservação da Rede Natura 2000 e beneficiou, nos últimos anos, de apoios financeiros como o “Fundo Ambiental e do PO SEUR”, sendo que agora, o aval para este programa “é uma oportunidade ímpar para se consolidar e escalar o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em prol da paisagem” e que vai “incrementar a resiliência deste território às alterações climáticas”, conclui a associação.