O escritor José Carlos de Vasconcelos é o rosto da edição de junho do Café Literário e vai estar hoje, dia 13, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Paredes.
Na sessão, o escritor, que é natural de Paços de Ferreira, vai dar a conhecer o seu percurso profissional e algumas das suas obras, nomeadamente, “O Mar A Mar A Póvoa”, “Caçador de Pirilampos”, “O Sol das Palavras”, “Florzinha, gota de água”, entre muitas outras.
José Carlos de Vasconcelos iniciou a sua atividade jornalística e cultural desde muito jovem, tendo promovido diversas iniciativas, nomeadamente, a direção de uma página literária em “O Comércio da Póvoa” e a publicação do seu primeiro livro de poemas, intitulado “Canções para a Primavera”, em 1960, que foi distinguido com a Medalha de Reconhecimento Poveiro.
Mais tarde, estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi reconhecido, a nível nacional, como dirigente associativo e de lutas estudantis, tendo sido designado Presidente da Assembleia Magna da Associação Académica, chefe de redação da “Via Latina”, membro do Secretariado Nacional dos Estudantes Portugueses (SNEP), fundador e presidente do Círculo de Estudos Literários, ator e membro do conselho artístico do TEUC (Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra). Foi, ainda, dirigente do Cineclube e chefe de redação da revista de cultura “Vértice”.
Depois de terminar a licenciatura, o convidado do Café Literário trabalhou na redação do “Diário de Lisboa”, onde fez uma intervenção ativa na vida sindical, tendo-se tornado Presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa, de que partiu a iniciativa de apresentação de uma lista democrática, a primeira, contrária à ditadura, a assumir a direção do Sindicato. E, como advogado, foi defensor de presos políticos, no famigerado Tribunal Plenário, e de jornalistas acusados de “abuso de liberdade de imprensa”.
Após o 25 de abril, assumiu a direção do Diário de Notícias. Já na RTP, José Carlos de Vasconcelos deu origem ao primeiro programa literário “Escrever é Lutar” e foi, durante muitos anos, comentador político na RTP1 e RTP2. Foi, ainda, um dos fundadores do semanário “O Jornal”, da revista Visão e do Jornal de Letras, Artes e Ideias.
Desde então, tem participado em numerosas iniciativas cívicas, mas também se tem dedicado à escrita, tendo já publicado dez livros de poesia, três obras infantojuvenis, dois livros de entrevistas e ainda tem vários em preparação. Atualmente, é membro da Academia Brasileira de Letras e da Academia das Ciências de Lisboa.
Ao longo dos últimos anos, foi distinguido com o Prémio Cultura, da Fundação Luso-Brasileira, com o Prémio Vasco Graça Moura, Cidadania Cultural e, ainda, com diversos prémios de carreira do jornalismo português, nomeadamente, o do Clube Português de Imprensa, o da Casa de Imprensa, o da Gazeta Prestígio, entre outros.