Verdadeiro Olhar

ARS Norte promete avançar com unidades de saúde de Alfena e Lustosa este ano

As unidades de saúde de Alfena, em Valongo, e Lustosa, em Lousada, estão entre os nove investimentos previstos pelo Governo, no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários, em 2017, adianta a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte.

A entidade não adianta, para já, qual o valor do investimento ou os prazos em que decorrerão as obras.

Recorde-se que ambas as unidades estão protocoladas há vários anos e têm sido sucessivamente adiadas.

 

Unidade de Saúde de Lustosa ia “arrancar em breve” em 2011. Passaram cinco anos

Num documento em que dá conta dos investimentos realizados em 2016 e dos a realizar em 2017, a vários níveis, a ARS-Norte recorda que, ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, concluiu a construção das novas instalações da Unidade de Saúde de Martim, em Barcelos, e as obras de ampliação e beneficiação da USF de Custóias, em Matosinhos, estando já em curso as obras das novas instalações de unidades de saúde em Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia; Baguim do Monte, Gondomar; Santiago do Bougado, Trofa; e Campo, Valongo; e ainda as obras de requalificação, adaptação e ampliação da unidade de saúde da Batalha. No total, o investimento é de 8,35 milhões de euros.

Este ano, de acordo com “as directrizes emanadas pela tutela”, avançarão os investimentos em mais nove unidades de saúde: Nuno Grande (Vila Real); Feira/Nova (Marco de Canaveses); Sequeira/Cabreiros (Braga); Madalena (Gaia); Alfena (Valongo); Amorosa (Guimarães); Cerco (Porto); Lustosa (Lousada); e o Centro de Respostas Integradas de Braga.

Quer a unidade de Alfena quer a de Lustosa são pretensões e reivindicações antigas das populações e das autarquias de Valongo e Lousada.

Manuel Pizarro assinou protocolo em 2011

Há muito que as condições da extensão de saúde de Lustosa não respondem às necessidades dos cerca de 5.000 utentes. Por isso, em 2011, a Câmara Municipal de Lousada e a ARS-Norte assinaram um protocolo de cedência das antigas instalações da Escola de Bouça-Cova, que ficou vaga depois da construção do novo centro escolar da freguesia de Lustosa, na presença do Secretário de Estado Adjunto da Saúde, Manuel Pizarro. “O edifício existente é antigo e tem espaços exíguos. Mesmo com obras de conservação não conseguiríamos dotá-lo das condições adequadas”, explicava o, na altura, vice-presidente da Câmara Municipal de Lousada, Pedro Machado. A promessa era de que as obras para conceder “mais dignidade” no acesso aos cuidados de saúde daquela localidade avançariam em breve.

Não avançaram. O processo arrastou-se e, apesar das muitas diligências por parte do município, junto da ARS-Norte e Ministério da Saúde, a obra de melhoramento no edifício escolar cedido não arrancou.

“Finalmente a Câmara Municipal de Lousada obtém uma resposta positiva face às suas pretensões de diversos anos para a Unidade de Saúde de Lustosa. Esta era uma necessidade urgentíssima para melhorar os serviços de Saúde à disposição da população de Lustosa”, adianta fonte da autarquia que, para já, não foi ainda informada pela ARS-Norte de pormenores sobre a obra.

 

Terreno para instalar nova unidade de saúde de Alfena cedido por privados, também em 2011

Terreno onde vai nascer a unidade de saúde de Alfena

Situação idêntica acontece em Valongo. Foi em 2011 que António das Neves Pereira e a Câmara Municipal de Valongo assinaram um acordo de cedência de um terreno, com 2.500 metros quadrados, na Rua de São Vicente, onde ficaria instalada a nova unidade de saúde de Alfena.

Dois anos mais tarde, a autarquia avançou com a limpeza e preparação do espaço para a construção do edifício, considerado prioritário. Mas, em 2015, quando foi anunciado um investimento de 13 milhões de euros em 11 centros de saúde, a obra de Alfena estaria pendente da cedência formal do terreno, na posse da Câmara Municipal de Valongo, à ARS-Norte.

Em Abril de 2016, depois de um encontro com a ARS-Norte, a autarquia apontava o final do ano e o primeiro trimestre de 2017 para o arranque da obra, que vai servir 16 mil pessoas. Antes, em Março, o presidente da Câmara Municipal de Valongo, José Manuel Ribeiro, entregou ao ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes, uma carta com esta e outras reivindicações, aquando da visita à Unidade de Saúde Familiar de Valongo.

Em Dezembro último, no lançamento da primeira pedra de outra obra ansiada no concelho, a unidade de saúde de Campo, que deverá estar concluída no final de 2017, José Manuel Ribeiro disse que ainda havia “muito trabalho por fazer”, voltando a reivindicar a construção do novo Centro de Saúde de Alfena.