O aluno Frederico Jesus, do 10.º ano da Escola Secundária de Paredes, faz parte de um grupo de três portugueses e nove europeus, da Grécia e Áustria, que participam na “missão espacial” a Marte, que se está a realizar no Observatório do Lago Alqueva, em Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.
Os jovens, que estão a viver em isolamento, recolhem solo para análise para procurar indícios de vida, o que é feito com a ajuda de um rover, ou seja, um veículo robótico que se move na superfície de um planeta ou de outro corpo celeste e é usado para explorar terrenos, coletar dados e realizar experiências, em zonas onde a presença humana é difícil ou impossível. Para além da Secundária de Paredes, estão também nesta missão mais dois alunos portugueses da Frei Gonçalo de Azevedo e da Professor Agostinho da Silva, no distrito de Lisboa.
A missão começou no passado dia 23 e termina amanhã, sexta-feira, e, ao longo deste período, os alunos simulam estar em Marte, onde vivem em isolamento e num habitat concebido para o efeito, sendo que realizam atividades científicas, como saídas extraveiculares, comunicam com o centro de controlo, utilizam robôs de exploração e analisam dados científicos, como avançou ao VERDADEIRO OLHAR, a Secundária de Paredes.
Frederico Jesus considera esta experiência como uma aprendizagem para o futuro
Citado pela Nuclio, Frederico Jesus considera que esta experiência o poderá ajudar “a compreender melhor as situações e os problemas que podem surgir” quando se vivem missões espaciais.
Já para a escola, esta será uma “experiência extraordinária” para Frederico Jesus, sendo que é “motivo de grande orgulho para a comunidade escolar e para o concelho de Paredes” e evidencia “o talento, a dedicação e o potencial dos jovens da região no campo da ciência e da exploração espacial”.
Esta missão esta a ser acompanhada por professores e especialistas internacionais em educação e ciência espacial e traduz-se “numa valiosa oportunidade de desenvolvimento académico e pessoal para todos os participantes”.
Esta missão, que recebeu o nome de Explore 1, faz parte de um projeto financiado pelo programa Erasmus+, da União Europeia, e tem como objetivo “levar o futuro da exploração espacial às salas de aula e inspirar uma nova geração a seguir carreiras em ciência e engenharia, através de atividades imersivas que simulam os ambientes de Marte ou da Lua”, como refere a associação não governamental portuguesa Nuclio, constituída por um grupo de cientistas, investigadores, professores e formadores, especializados em diferentes áreas científicas assim como nas áreas da psicologia da educação e do ensino das ciências.
Esta “viagem” a Marte é uma ação conjunta dos diversos parceiros do projeto, como o Fórum Espacial Austríaco, o Nuclio, a escola grega Elliinogermaniki, o Comité de Investigação Espacial e o Observatório do Lago Alqueva.