O concelho de Valongo surge, pela primeira vez, entre os 35 municípios portugueses com maior volume de receita cobrada em 2024, ocupando o 31.º lugar a nível nacional, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2024.
No último ano, o município arrecadou 87,6 milhões de euros, um aumento de 29,6% face a 2023, quando o valor rondava os 67,6 milhões. Trata-se de uma das maiores variações positivas entre os grandes municípios portugueses e de um crescimento que reflete, sobretudo, o reforço das receitas de capital provenientes de fundos comunitários, nomeadamente do PRR e do PT2030, além de uma maior arrecadação de impostos municipais como o IMT e o IUC.
A evolução da última década é ainda mais expressiva: em 2014, Valongo tinha arrecadado 31,6 milhões de euros, o que significa que, em dez anos, o volume da receita cobrada quase triplicou (+177%).
Valongo baixou o IMI para 0,36%, mas arrecadou mais receita
O município de Valongo reduziu a taxa de IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) em 2024, passando de 0,37% para 0,36%, mas, mesmo assim, conseguiu aumentar a receita arrecadada com este imposto.
Segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses 2024, Valongo cobrou 10,4 milhões de euros em IMI no último ano, mais 0,8% do que em 2023, quando tinha recebido cerca de 10,3 milhões de euros. O concelho é, aliás, o terceiro do país onde a receita de IMI mais cresceu apesar da redução da taxa, ficando apenas atrás de Lisboa e Sintra.
A explicação para este comportamento está no aumento do número de imóveis avaliados, o que compensou a descida nominal do imposto. Ou seja, baixou a taxa mas subiu a cobrança, sinal de que a base tributária está a crescer.
De acordo com o anuário, apenas nove municípios em todo o país conseguiram aumentar a receita de IMI depois de reduzirem a taxa, e Valongo é um deles.
Penafiel e Lousada também aumentaram a receita de IMI acima da média nacional
Os concelhos de Penafiel e Lousada também registaram em 2024 um crescimento relevante na cobrança de IMI, ambos acima da média nacional.
De acordo com o mesmo documento, Penafiel ocupa o 22.º lugar e Lousada o 24.º entre os municípios com maior aumento de receita deste imposto. Em Penafiel, a cobrança passou de 6,24 para 6,45 milhões de euros, enquanto em Lousada o valor arrecadado subiu de 3,09 para 3,25 milhões de euros.
Nenhum dos dois municípios alterou a taxa de IMI, o que significa que o crescimento resulta da valorização do mercado imobiliário, da construção de novas habitações e da reavaliação de património urbano.
























